O justo preço da incompetência
Pela segunda partida das quartas de final da Sul-Americana, em Avellaneda, Racing 4 x 1 Athletico.
Na semana em que a diretoria decidiu demitir o treinador Martin Varini às vésperas do jogo decisivo, o Athletico foi a campo com a vantagem de um gol de vantagem.
A aposta da vez foi no ídolo Lucho Gonzalez, que até aqui pouco apresentou em sua curta carreira como treinador.
E a pequena vantagem durou menos de 20 segundos. Logo no início o Racing abriu o marcador com um golaço de fora da área. Racing 1 x 0 Athletico.
A partida se desenrolava com amplo domínio do time argentino, que parecia jogar um esporte diferente ao da equipe brasileira. Competitivo, não demorou a chegar ao segundo e ao terceiro gol, em mais um gol após erro absurdo de Gabriel, com a sempre frouxa marcação do time do Athletico.
Fim de primeiro tempo, Racing 3 x 0 Athletico.
Com o placar praticamente definido, principalmente pela extrema apatia dos “guerreiros” rubro-negros, Lucho tentou modificações que deixariam Martin Varini impressionado. Lançou o recém re-integrado Nikão, o veterano Pablo e o contestadíssimo Christian.
O time melhorou, muito em razão de uma postura mais defensiva do Racing, e logo a 1 minuto Nikão diminuiu. Racing 3 x 1 Athletico.
Mas o domínio argentino logo se re-estabeleceu, até que com outro belo gol de fora da área, deu números finais ao confronto. Racing 4 x 1 Athletico.
Di Yorio ainda perdeu mais um gol imperdível e Christian anotou nos acréscimos, em posição de impedimento.
Eliminado de todas as Copas, cabe ao Athletico e seus jogadores demonstrarem um mínimo de hombridade visando o único objetivo que restou no fatídico ano do Centenário: Fugir a qualquer custo da humilhação do rebaixamento no Brasileirão.
Caberia no mínimo um pedido formal de desculpas ao torcedor, assim como demissões/renúncias no setor administrativo do clube, que decidiu transformar um importante ano de celebrações num acúmulo de vexames e atestados de incompetência.
O Athletico volta a campo no domingo, contra o Flamengo no Rio de Janeiro.