O atacante Pablo fez uma ‘carta’ de despedida ao Athletico-PR e seus torcedores, nesta segunda-feira (3), em sua redes sociais. De contrato assinado com o Sport, onde vai jogar a Série do Brasileirão de 2025, o atacante teve sua rescisão publicada no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF na sexta-feira (31).
No texto de despedida, Pablo relembrou seus primeiros momentos no Caju. Ele chegou ao clube em 2006, um ano após o vice-campeonato da Librtadores. “Estar ali já era um sonho enorme para aquele piá de 14 anos. Mas não era só eu que, como todo adolescente, estava mudando e crescendo. O clube também estava, e muito”, escreveu.

Pablo multicampeão pelo clube, comentou sobre as dificuldades que passou até se tornar profissional com a camisa rubro-negra: “O que as pessoas talvez não enxerguem é o percurso. As noites sem dormir, as saudades da família, as dores, os sacrifícios, os limites superados, as críticas e os percalços que todo jogador passa pra realizar seu sonho”, completou. Veja a “carta” na íntegra mais abaixo.
Protagonista em algumas das maiores conquistas do clube, Pablo foi artilheiro na campanha da Sul-Americana de 2018, vestindo a camisa 5, em homenagem ao pai, e foi figura importante em títulos estaduais. Seu nome, embora controverso atualmente, é parte de capítulos da história do Furacão.
Carta do Pablo na íntegra
![Pablo desempenhou função diferente em Ponta Grossa [foto: Julia Abdul-Hak]](https://furacao.com/wp-content/uploads/2019/01/pablo04.jpg)
Como contar a história da nossa vida? Não sei, mas eu prometo que vou fazer o melhor que eu posso.
Quando cheguei de Cambé ao CAT Alfredo Gottardi em 2006, eu não sabia que ali, depois de passar por aquele portão, a minha vida inteira ia mudar. O Athletico tinha sido campeão Brasileiro cinco anos antes e vice da Libertadores no ano anterior, e estar ali já era um sonho enorme para aquele piá de 14 anos. Mas não era só eu, que, como todo adolescente, estava mudando e crescendo. O clube também estava, e muito.
O que as pessoas talvez não enxerguem é o percurso. As noites sem dormir, as saudades da família, as dores, os sacrifícios, os limites superados, as críticas e os percalços que todo jogador passa pra realizar seu sonho. É duro, é um funil muito estreito e às vezes cruel, mas eu garanto que cada gota desse suor vale a pena. E junto à minha própria trajetória, o clube também viveu altos e baixos antes de se firmar como uma das maiores referências no futebol sul-americano, como é hoje, graças ao trabalho de muita gente dentro e fora do campo.
Mas desde o começo, o laço que me uniu ao Athletico nunca foi um contrato ou um troféu. O que fez com que eu me identificasse tanto com essa instituição foram as pessoas e a ambição por fazer história. Aqui, eu aprendi que depois de sonhar, você tem de planejar, trabalhar muito e realizar, e que sozinho, ninguém chega longe.
Vivi o Athletico intensamente e vesti essa camisa com amor, como manda o hino. Entre sorrisos e lágrimas, com tantas tardes e noites inesquecíveis na Arena, nunca deixei de sentir o sangue rubro-negro correndo nas veias. Aproveitei cada segundo dessa jornada, como aquele garoto de 14 anos prometeu a si mesmo que faria quando chegou ao CT do Caju pra começar a escrever a história da sua vida. Estar entre os 10 maiores artilheiros do Furacão e ser o sexto jogador com mais atuações pelo clube é um privilégio maior do que eu poderia imaginar!
Muito obrigado, @athleticoparanaense! Fizemos história. Você é um gigante e sempre terá aqui um grande torcedor pelo seu sucesso! ❤️?
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