A estreia de Odair Hellmann no comando do Athletico-PR não veio apenas com discursos táticos ou promessas de vitórias, mas com uma leitura sincera e sensata do momento do clube. Em sua primeira coletiva, o treinador escancarou uma realidade incômoda: a estrutura do Furacão (estádio e CT) não vence jogos por si só.
Odair não é somente estrategista na beira do campo, mas um gestor do grupo no vestiário e no dia a dia. Fontes internas afirmam que o clima em todo CT do Caju mudou com a chegada do técnico, com uma “sensação de leveza”. Porém, no primeiro momento, é de cobrança a todos: ao afirmar que “o luxo também acomoda” e que “às vezes se está tão na m** que não se tem força para reagir”, o treinador dá um tapa de realidade em um elenco. A cobrança é coletiva e atinge todos: jogadores, comissão, diretoria e até mesmo a torcida.

Diferença de técnicos do Athletico-PR
Ele já pede reforços, o que a torcida cobrava e Maurício Barbieri minimizava. Fala abertamente sobre a importância da competitividade interna e aponta a necessidade de investimento imediato. “É melhor gastar agora do que esperar subir”, disse, apontando que o planejamento esportivo e financeiro precisam caminhar juntos e com urgência.

Em um momento delicado como o da Série B, o Athletico parece finalmente ter encontrado alguém disposto a liderar com coragem, incômodo e senso de realidade. Odair Hellmann não veio apenas para treinar: ele chega para reconstruir e tirar o clube da zona de conforto. Talvez o Furacão tenha contratado, enfim, a pessoa certa.

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