Espírito de Libertadores

O Atlético está se notabilizando internacionalmente pela surpreendente campanha que faz na Copa Libertadores da América nesta edição de 2005. Ao contrário do que pensavam as alas mais céticas de sua torcida, o Furacão vem conseguindo um feito histórico, passando de fases nunca antes conquistadas, e vem surpreendendo até os mais otimistas com uma campanha senão invejável, mas acima de tudo de muita raça, dedicação e superação. É o espírito que precisava para disputar um torneio de tamanha expressão internacional.
À partir de então, com certeza absoluta o Atlético passará a ser visto por facções da imprensa como um time copeiro, a exemplo de tantos outros que fizeram história anteriormente.

Isso implica em respeito. Sobretudo, implica admitir que o Atlético evoluiu. E, como. É uma evolução ainda lenta, mas constante. Deu início com a conquista de um simples torneio para ocupar uma das vagas para a Libertadores de 2.000, quando venceu a Seletiva de 1.999. Daí em diante, veio crescendo. Mais uma edição em 2.002, senão brilhante, ao menos marcante. E, esta última, histórica. Fruto de um trabalho organizado. Um trabalho, para muitos, mau feito. Mas, um trabalho que vem levando a imagem do Furacão do Brasil, de 2.004, para o Furacão das Américas em 2.005. Um degrau e tanto, na história de um clube que cresce a olhos vistos, e engrandece cada vez mais a imensa nação rubro-negra. E ainda pode vir mais. Hoje, já é sentido dentre os integrantes do atual elenco, aquele espírito que faltava à equipe. Se chegamos até aqui, por que não irmos até o fim?

Era isso que faltava. Essa foi a principal conquista. Este espírito guerreiro. Este espírito de doação. Este espírito de superação, contra tudo e contra todos. Um objetivo a ser alcançado. Um final, senão vitorioso, mas acima de tudo honroso. E respeitoso, diante dos adversários. Uma Copa Libertadores da América não é feita para qualquer equipe. Quem dela participa, deixa o seu nome marcado no cenário futebolístico internacional. Sobe nos ranking. Aparece na mídia. Cala a boca dos invejosos. Enche de orgulho seu torcedor. É a glória. E o Atlético, está muito próximo de se consagrar definitivamente como a maior expressão futebolística do Estado do Paraná. Atingimos um nível, que os outros clubes co-irmãos, jamais imaginavam.

E, observando-se pela ótica da capacidade, jamais terão possibilidades de chegar sequer próximo deste feito. Isso é para poucos. É como se fosse uma edição limitada. Ou se pode, ou se não pode. E quem está podendo, no momento, é o Furacão de todos nós. Alegria de muitos, inveja de tantos outros, desespero de alguns poucos. Uma campanha pra ser guardada na lembrança, como a quela em que o Atlético conseguiu atingir o ápice. A primeira de muitas conquistas. Quem viver, verá. E quem vir, vibrará. E se extasiará. É um orgulho. Um motivo. Uma vocação. Definitivamente, não é para qualquer um!