Em um almoço de domingo, vi o célebre Jackson, jogador que é uma lenda no Atlético, fazia parte do time que deu origem ao apelido de Furacão ao Atlético. Apontei-o para meus filhos e contei sua história, dele e do Cireno. Era um tempo em que se vestia a camisa não só por amor, mas por paixão. Não se entrava em campo para cumprir obrigação, mas para correr, suar, chorar, lutar com raça. Não era o dinheiro que os movia, era a responsabilidade por vestir a camisa rubro-negra.
Hoje eu pergunto: quem no Atlético merece um lugar na galeria da fama, e no coração dos atleticanos? Profissionais que atuam em um clube com a melhor estrutura física do país, todos recebem em dia, como se fossem funcionários púiblicos, todos tem atendimento médico e são tratados a pão-de-ló. Quem em sã consciência não iria para a bola como se fosse em um prato de comida? Sim, porque na grande maioria são jogadores que viram no futebol a única alternativa de vida. Estão acomodados, esqueceram-se de que são talentosos, estão fazendo corpo mole, senão vejamos:
Cléber: vem se destacando e quando o goleiro se destaca é porque alguma coisa está errada com o resto do time; Jancarlos e Ivan: um é violento, e a cada expulsão prejudica o time todo, outro é apático, lerdo, ambos incompetentes para cruzar; miolo da zaga: é novo e sem conjunto, esse César já é capitão, mas bate da medalhinha para baixo, tem gente que acredita que zagueiro bom é aquele que leva um amarelo por jogo. Para mim é grossura mesmo! Meio de campo e volantes: Erandir, Alan Bahia, sem criatividade, fracos no passe e no desarme, estão ao que parece, loucos para mudar de time; Fabrício: melhor arrumar uma ambulância de plantão, está enfadado com o futebol; Ferreira: coitado corre, corre pra que, se não tem opção? Outros são novatos. Creio que se fizerem um teste de QI (Quociente de Inteligência) nos atletas que compõem a meia cancha, sai de baixo! Vai ser um resultado doloroso. Atacantes: por que o Atlético não vende o “cai cai” Dagoberto? Deixe que ele exploda com seu futebol em outro clube, ele no Trétis, é bananeira que já deu cacho. Ah! E coloca uma ambulância para atendê-lo também. Denis Marques, esse é uma ferida e uma figura ímpar, de tão obsoleto como jogador de futebol. O homem do Tic Tic, nervoso, quando invariavelmente perde a bola, dá chutões absurdos, erra o gol a todo momento, sem insipração alguma e quando erra: pára, joga a cabeça para trás, enrola seus cabelos no dedo mindinho e volta a matar de canela.
Volto a dizer, futebol é alegria, é diversão, é vocação e sobretudo é transpiração, esses caras devem treinar de manhã, de tarde e de noite, devem buscar o fundamento do futebol, como se busca um diploma na escola, devem se preparar para correr 180 minutos, devem fazer como nossa seleção de volei, que ao terminar o jogo, volta para academia para desintoxicar e pegar no ferro, caso contrário que vai acontecer é que não vamos a lugar algum.
E quanto ao técnico de plantão, seria bom que trocasse idéias com quem trabalhou com o Lothar Matthäus, ele deixou preparado, módulos de treinamento, estratégias, táticas e terinamentos de fundamentos listados e em cronograma. Talvez o que falte ao Atlético é profissionalismo, para buscar craques, mesclar com garotos, fazer dinheiro, atrair público e sobretudo não comprar mais esses incompetentes, velharia e outros que tais, que em nada ajudam o Furacão. Saudades de Jackson e Cireno, do Sicupira, do Zé Roberto, Washington e Assis, da velha Baixada, da velha garra.
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