- Rubro-negros ficavam na curva de entrada do estádio (foto/ arquivo pessoal RENATO SOZZI)
“Esse com certeza foi o dia que eu vi a nossa torcida cantar mais alto em toda nossa história.
Foi o dia que o ” Dr ” Mário disse que sentia pena de um povo tão apaixonado torcer para um time tão horrível, e o pior que era mesmo! Depois tomamos o quarto e o quinto, daí desandou a maionese de vez.” JULIO CESAR SOBOTA, Julião, ex-presidente da Torcida Os Fanáticos.
“Estamos na Páscoa. Derrotas deveriam ser esquecidas, goleadas jamais lembradas. Mas aquela goleada de 1995 nos remete a boas memórias.
Eu era Conselheiro do clube à época, participei das reuniões e vivi os bastidores do Atlético nos últimos 15 anos como presidente da FANÁTICOS.
Já havia um movimento antes do jogo para tirar Hussein Zraick da Presidência. Este foi mais um corajoso que assumiu o clube em épocas magras. Mas a torcida atleticana tem mais uma vez que ser o motivo principal de toda aquela revolução. Sempre foi uma lei na Fanáticos de se for para um clássico para empatar na vibração com os coxas, nem vamos.
Então, fizemos jus e no intervalo do jogo perdendo de 3 a 0, as arquibancadas inteiras da Igreja Perpétuo Socorro, de pé entoava o hino do Furacão, deixando calada mais uma vez a torcida adversária.
Perdíamos em campo mas mostrávamos nossa paixão incondicional. Aquilo acelerou um grupo de cartolas assumir, fazendo um colegiado. Mário Celso Petraglia virou um porta-voz das inovações , mas tudo foi promovido sob a tutela destes grandes atleticanos: Valmor Zimmermann, Ademir Adur, Marcos Coelho, ÊnIo FornÉa, Guivan Bueno, Nelson Fanaya, Fleury entre outros que formaram um colegiado revezando-se na presidência do clube.
Este legado nos trouxe um horizonte jamais imaginado pelos atleticanos que se acostumaram a torcer nas arquibancadas de tijolos junto com os pinheiros da querida baixada.
Antes disto a torcida exigira e ajudou presidente Farinhaque na construção e do retorno à Baixada. Em um ano veio a volta primeira divisão com o título, em dois, vieram o estádio abaixo para construção da moderna Arena, o melhor CT do Brasil e o ápice do título de campeão brasileiro em 2001 .
Mas nada disso valeria se não fosse o maior patrimônio do Clube Atlético Paranaense: sua torcida. Esta que nunca abandonou em nenhum momento, seja a décadas atrás onde ganhou apenas 4 títulos em 33 anos, (49/58/70/82), seja no torneio da morte em 1980 ou nos rebaixamentos.
Após este jogo, vivenciamos uma nova era de grandes conquistas, de respeito e ser temido pelo Brasil e pela América do Sul. Nossa torcida encantou o País nos jogos decisivos e televisionados em 2001. Enquanto que o time vencedor daquela Páscoa, diminuiu de tamanho, se contenta com vitórias escassas e endividado não agregou nada mais em sua história.
Eu sei bem o que é a torcida atleticana, forte apaixonada vibrante aguerrida e de uma beleza única. Aos ilustres atleticanos obrigado, a torcida meu orgulho eterno de ter podido contribuir…” RENATO SOZZI, ex-presidente da Torcida Os Fanáticos.
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