A revelação

Estava fazendo contas, um abono, e começou o programa do gordo na rede bobo.

Lá estava a figura épica da rua XV quando, para meu espanto, descubro que agora ele está em Brasília há 3 anos.

Três anos, então foi em 2006 que ele foi.

Desde de 2006, o Atlético vem declinando tecnicamente. Declinando, declinando.

E futebol não é matemática, nem caixa de pandora, é só customizar resultados.

O Guarani, rebaixado paulista, desclassificou o candidato a título J. Malucelli. O Atletico-MG sofreu para empatar com o outro rebaixado, o Paulista. Os cariocas estão tomando uns tapas. O juntão de times de Curitiba perdeu para outro que, se não me falha memória, ou caiu ou quase caiu para a terceira divisão; bem que o juntão andou neste muro também.

Então, se futebol tem lógica, um mineiro, um carioca e um do Paraná vão disputar uma vaguinha no muro das lamentações. Mas se futebol é matemática, podemos concluir que há clubes do extremo interior que são tecnicamente bons, mas têm preparo físico rude – um deles foi o clube de 3 Lagoas, Mato Grosso do Sul, que engrossou o caldo, mas faltou físico.

Torço para que ABC fique só no alfabeto e não na nossa cabeça, e que façamos uma previsão de que nível estamos contra o recém-recuperado time dos dentistas (“dentinho e dentão”).

Caso a dupla de gordo e magro passem pelo Furacão, saberemos que temos um elenco fraco, e vejo como solução chamarem o Cristo da Rua XV, ou caçarem jogadores desesperados como em 1995, porque, naquele ano, o Atlético nem se classificou no Paranaense e toda a mídia afirmava categoricamente que o Atlético ia descer para a terceira divisão. Foi então que surgiu do nada, como uma Fênix perdida no vento, tomando goleada do Goiatuba, que nasceu o grupo e rosto do Atlético Paranaense.

É na crise que sai algo novo, seja a crise na guerra, na fome ou na morte.

“Vamos… Vamos… Vamos ganhar tudo…
Vamos… Vamos… Vamos ganhar tudo…

Se a luz apaga, nós vamos acreditar
Se a Arena racha, nós vamos emendar
Se o Furacão para, nós vamos empurrar
E se isto não adiantar, nós vamos berrar:

Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe o ô o ô,
Dá-lhe, Atlético, dá-lhe Atlético,
Dá-lhe, dé-lhe o ô o ô!”

Vamos que vamos! Eu já disse: 2010 é nosso!