OPINIÃO: Base não pode ser ‘tapa-buraco’ no Athletico-PR; jovens devem aprender antes de resolver

Entenda o motivo da base não ser a solução do Athletico-PR

Após erros em sequência de Palacios em partidas contra Cuiabá, CRB e, por último, o Novorizontino, nesta quinta-feira (24), a torcida do Athletico-PR passa a perder a paciência com o lateral-direito que, no momento, não tem o reserva Dudu à disposição por dores no joelho. A solução dos torcedores, naturalmente, é fazer a pergunta: “quem temos na base?”, porém, esse é o momento errado do questionamento.

O porquê da pergunta não ser feita no tempo certo, pois o atleta do Sub-20 é quem vai precisar dar a resposta, e será em campo, com a possibilidade de “se queimar” com a torcida. Por isso, a pergunta deve ser: “O clube deve formar jogadores ou jogadores devem formar o clube?”. Sendo assim, se a resposta for que os atletas de base devem formar o time, se pressupõe que o elenco profissional não seja bem gerenciado.

Cada jogador tem tempos de evolução diferente

Caso a solução seja a de formar jovens para poderem se desenvolver de fato na base e ingressar gradualmente no profissional, talvez, casos como o de Bruno Guimarães e Renan Lodi se repitam no Athletico-PR. Na época, o time profissional não precisava deles, porém, se destacaram sem a necessidade de resolver partidas e com bom desempenho, como se espera de um profissional com experiência.

Ainda insiste?

Para quem não vê dessa maneira, para resolver o problema de Palacios e Dudu, Vitinho é o lateral-direito do Sub-20 do Athletico-PR e corresponde com belas atuações. Características ofensivas apuradas, como chegada à linha de fundo, tomadas de decisões, triangulações e é um jovem com bom passe. Porém, fisicamente, talvez não seja o que a Série B demanda de um defensor, até mesmo pela baixa estatura e a transição recente para a posição de lateral.