Confesso que várias vezes comecei um texto aqui no “Fala Atleticano”, mas por um motivo ou outro, provavelmente por timidez, acabei não enviando. Mas dessa vez, gostaria de externar o que eu senti ontem a tarde, 04 de março de 2007, na Vila Capanema.
Pelo que eu me lembre, o último jogo que eu havia assistido ali, tinha sido um Atlético x Guarani, numa “tarde útil” e chuvosa, no início dos anos 90, pelo campeonato brasileiro, eu acho. Ontem voltei à Vila. Como meu pai é paranista e há muito tempo não íamos num jogo juntos, comprei três ingressos de cadeira e fomos eu, meu pai e meu filho de 9 anos (atleticano fanático e que nunca tinha entrado num estádio que não fosse a nossa moderna Arena). Chegamos cedo e ficamos bem perto do portão que dá acesso ao campo. Antes, já tinha explicado ao meu filho o quanto é difícil assistir um jogo na torcida adversária.
Meu pequeno filho ficou completamente decepcionado: “pai, esse é o melhor lugar pra ver o jogo nesse campinho?” Sabe aquela sensação que todo mundo tem quando passa alguns dias em outra cidade e finalmente volta para nossa querida Curitiba? Acho que ele vai sentir isso quando voltar a ver um jogo na Arena, uma sensação de alívio de torcer para um clube que tem um estádio de verdade.
Realmente, a Vila ficou melhor depois da pequena reforma que sofreu, mas pelo menos naquela área que eu fiquei ontem, parece um estádio de interior ou de futebol amador, sei lá. É engraçado ali, na chamada “zona do amendoim” se misturam torcedores, pessoal da imprensa, diretores do clube. O presidente Miranda chegou junto com o seu fiel escudeiro, José Domingos, e foi cumprimentando todo mundo: seguranças, pipoqueiros e torcedores do clube das fusões, todos alegres sem saber o furacão que estava se formando e que dali a algumas horas deixaria todos sem saber onde estavam.
Na metade do segundo tempo da partida, vi bem de perto aquela pequena panela de pressão estourar: discussões, brigas e até gente saindo no tapa. Mas a melhor sensação eu tive foi quando Ferreira deu o golpe fatal pra dentro da rede do competente Flávio. Meu filho, com o punho cerrado, cochichou no meu ouvido: “GOOOOOOOOOOLLL pai, que alegria.”
Veja mais notícias do Athletico Paranaense, acompanhe os jogos, resultados, classificação e a história do Club Athletico Paranaense.