“Caso isolado”: prefeito de Curitiba se manifesta sobre racismo contra Léo e cobra punição

O prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), se manifestou sobre o caso de racismo contra o zagueiro Léo, do Athletico-PR, durante o clássico contra o Coritiba neste sábado (25), no Couto Pereira, pela quinta rodada do Campeonato Paranaense. O racista, que estava na torcida do Coxa, se gravou e postou nas redes sociais um vídeo em que chama o capitão athleticano de macaco.

Racismo é crime!

Pimentel afirmou que o “futebol não tem nada a ver com racismo” e enfatizou que “essa foi uma atitude isolada que não representa as torcidas dos times de Curitiba”, mesmo que em 2023 outro caso de injúria racial, no mesmo local, tenha repercutido nacionalmente. Na época, dois “torcedores” do Coxa imitaram um macaco em direção à torcida do Athletico nas arquibancadas do estádio.

O chefe do executivo também aguarda “a polícia identificar quem fez isso para cobrar punição”. Vale lembrar que  a Lei 14.532, publicada em janeiro de 2023, equipara a injúria racial ao crime de racismo. Portanto, a pena tornou-se mais severa, com reclusão de dois a cinco anos, além de multa, não cabendo mais fiança. O crime é imprescritível.

O caso ocorreu por volta dos 29 minutos do primeiro tempo, quando o jogador do Athletico-PR foi expulso e se dirigia para fora do campo de jogo. “Macaco não se cria no [estádio] Couto Pereira. Vai embora Léo Pelé, seu macaco. Seu preto, macaco do c******. Vai embora. Aqui não, seu macaco. Aqui não. Olha para cá, seu macaco, seu filho da p***”, diz o criminoso.