Jean, novo reforço do Fluminense, passou dois anos no exterior. Saiu do Brasil aos 19 anos, desconhecido no próprio país, para se aventurar no Feyenoord, da Holanda. Sentiu a solidão de morar em um lugar com uma língua nova, e sofreu com o frio cortante da Europa. Passou também pelo Hamburgo, da Alemanha, e encontrou as mesmas dificuldades. Hoje, se arrepende da primeira escolha.
"Na época, recebi propostas também da Espanha, da França e de outros países. Se pudesse voltar no tempo, teria escolhido um destes, e não a Holanda. Tive problemas de comunicação, e aprendi a ficar calado, só sabia falar o básico. O frio era terrível, congelava até o cabelo, os dedos não mexiam, foi difícil", revelou o lateral, que contou com a ajuda da esposa Paula nesta jornada.
Jean ficou pouco tempo no Atlético. Jogou mais pela seleção brasileira sub-20 do que pelo clube paranaense, já que saiu do Brasil muito cedo. Agora busca reconhecimento no próprio país, e claro, sonha em defender a seleção principal no futuro. Para os mais jovens, ele dá o seu recado:
"Os meninos saem cedo por causa da proposta financeira e também pelo assédio, que é muito grande. Mas chegando lá, nem sempre é como imaginamos", disse o lateral.
Confusão
Antes de ser anunciado pelo Flu, Jean chegou a ser negociado com o Botafogo pelo empresário Eduardo Uram, que não tem boa relação com o Fluminense. O Tricolor tratou diretamente com o atleta e acertou sua permanência por um ano.
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