Resposta ao texto ‘Time dos mortos-vivos’

Caro Silvio, que bom que você abordou esse assuntos dos ex-atleticanos, pois o sucesso desses atletas em outros clubes é difícil de engolir. Sempre fico matutando tais mistérios.

Cheguei a uma conclusão: esses jogadores só não vingaram no Furacão devido a incompetência das comissões técnica anteriores. Pois nesses períodos, passou por aqui uma leva de péssimos treinadores – só pra dar um exemplo, Casemiro “Phior”. Foram técnicos e mais técnicos, os quais não conseguiriam ver potencial nem no Kaká.

A maioria desses atletas não teve muitas chances, ao contrário, por exemplo, do Michel, lembram dele? Aquele lateral esquerdo ruim que doía, mas que tinha lugar cativo no time titular, enquanto os lembrados por você, Silvio, muitas vezes treinavam num grupo separado.

É inacreditável não ter dado mais oportunidades ao Moraes, por exemplo. O Brasil inteiro sabia que ele se tratava de um atleta com futuro promissor, mesmo porque já tinha arrebentado no Vasco, e o que aconteceu? A diretoria brigou três meses com o Cruzeiro pelo passe do Moraes e quando finalmente conseguiu, o que fez? Nem o escreveu para disputa da Copa Libertadores.

Quem teve oportunidade de ver o Fahel jogar percebeu que o garoto tinha talento. O que aconteceu? Foi mandado embora pela diretoria sabe-se lá porque.

Além desses jogadores citados por você, meu caro Silvio, ainda teve o Cleiton Xavier, hoje comendo a bola no Palmeiras, e ainda o Valdo, que atuou no Avaí no ano passado e foi um dos destaques da segundona de 2008 – este foi contratado pelo Fluminense, porém foi dispensado pelo time do Rio de Janeiro devido a constatação de um lesão.

Caro Silvio, quando você refere-se ao sucesso do Michel Bastos na França, por gentileza não esqueça que ele disputou o Brasileirão pelo Figueirense, onde foi eleito o melhor ou um dos melhores alas do campeonato, e fez muitos gols pelo time do Figueira. Depois veio para o Furacão, desentendeu-se com a diretoria e foi embora.

Agora, caros atleticanos, como eu queria esses ‘mortos-vivos’ no elenco atual do Atlético, pois é bem melhor ter ‘mortos-vivos’ do que ‘vivos-mortos’.