Torcida: mudamos para pior

Às vezes jogamos mal e vencemos, mesmo assim ficamos felizes e ambiciosos, mas não deixamos de observar o jogo e analisar que não jogamos bem – exemplo: Botafogo.

Em outras partidas, jogamos bem e vencemos, mas tivemos uma forma de jogar extremamente defensiva e chata de assistir. Não dá gosto de ver nosso time jogar daquela maneira, mas a vitória é o que vale, pois o que se comenta é o resultado, vide o jogo contra o Cruzeiro.

Quando começamos a evoluir, fazendo bons jogos em casa contra Barueri e São Paulo, outros times perceberam que aqui não é tão fácil assim e resolveram se retrancar, basta observar a postura do Flamengo e do Botafogo nas duas partidas que fizemos em casa. Empatamos, jogando bem ou mal, era em casa e só se ouviu desgraças.

Veio o jogo contra o Galo, eis que tivemos muito mais oportunidades, trabalhamos muito mais no ataque, 1 pênalti e uma expulsão não dados, claros, e deixados de lado. Um jogo duro, onde um detalhe poderia mudar o resultado, detalhe como os dois lances ignorados pela arbitragem, sem falar na falta clara, sobre a linha da área em Alex.

Eis que perdemos o jogo, mas definitivamente jogamos bem. Porém, o que se comenta é o resultado. E desta vez ninguém olha se o time jogou bem ou mal, simplesmente abriu-se o solo e estamos no inferno.

Meus amigos, perdemos para o Galo, time que está em 4º, jogando em casa, com o Mineirão cheio e contra uma arbitragem caseira.

Será que não podemos valorizar um pouquinho só que seja a atuação deste time? Será que temos sempre que pegar um resultado se seguir uma linha de raciocínio estúpida? Perdeu, inferno; venceu, céu. Isto sim desanima. E aposto que jogadores entram no site Furacao.com e, ao verem isso, ficam desanimados como eu. Pois não se vê mais solução para nossa torcida. Nos tornamos consumidores e damos ouvido demais ao radinho.

Sim, nós mudamos e, infelizmente, somos exigentes demais e vamos continuar eternamente derrubando jogadores, técnicos, dirigentes e tudo o que for com o nosso pessimismo, negativismo, reclamações e nossa falta de critério para aplaudir quando merecido, mesmo nas derrotas, como fizemos no retorno dos jogadores a Curitiba após a final da Libertadores.

Eu vejo um time diferente, que não se entrega, busca o resultado até o fim, apesar de ver alguns jogadores ainda tomarem as decisões erradas dentro de campo; vejo que está havendo melhorias, méritos do Lopes, méritos da diretoria e principalmente dos jogadores.

Agora, dizer que somos o 12º jogador está ficando cada vez mais difícil, pois ultimamente só temos colocado jogadores para correr – nem preciso citar nomes.

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