15 out 2019 - 11h51

Coritiba é condenado por não ceder o Couto e vira notícia no exterior

O Coritiba foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Paraná pelo não cumprimento de um contrato com o Athletico, que previa o aluguel do estádio para o outro clube.

A disputa surgiu em 2017, mas tem origem em um contrato firmado pelos clubes dois anos antes. O acordo previa a cessão dos estádios entre os times em caso de necessidade (relembre o caso nas Matérias Relacionadas abaixo).

Ou seja, se o Coxa ficasse impossibilitado de usar o Couto Pereira por algum motivo, bastaria notificar o Athletico para usar a Arena da Baixada – pagando o custo correspondente pelo uso.

Em 2017, o Athletico disputava a Libertadores da América e se viu impossibilitado de jogar na Arena da Baixada contra o Santos, pelas oitavas-de-final, em razão da realização da Liga Mundial de Vôlei na Arena.

Recusa

Na ocasião, o Coritiba se recusou a ceder o seu estádio ao Furacão e a cumprir o contrato. Seria uma oportunidade para o Couto Pereira voltar a receber um jogo de Libertadores da América depois de 13 anos.

Mas a posição da diretoria acabou levando a partida para a Vila Capanema. O Coxa usou como argumento a necessidade de replantio da grama.

O Athletico entrou com uma ação, pedindo na ocasião uma decisão que obrigasse a cessão do estádio. A decisão liminar foi negada, mas o processo prosseguiu com o julgamento sobre a responsabilidade pelo descumprimento contratual.

Condenação

Houve uma sentença de primeira instância e há poucos dias o Tribunal de Justiça do Paraná condenou o Coritiba a pagamento das perdas e danos pelo descumprimento do contrato. O valor será apurado, levando em conta os prejuízos que o Athletico teve. Segundo matéria da Gazeta do Povo, apoiada em declaração do advogado do Athletico, o valor deverá ser em entre R$1,2 e 1,7 milhão.

Repercussão

Além da condenação financeira, o Coritiba enfrenta ainda um prejuízo de imagem. A decisão repercutiu internacionalmente. O Diário Olé, da Argentina, classificou a situação como “Un hecho sin precedentes”.



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