Fé e esperança
Segundo o Minidicionário da Língua Portuguesa, editado em 2007 por SILVEIRA BUENO, editora FTD as definições de Fé e Esperança são:
Fé: crença, confiança.
Esperança: fé no futuro; expectativa; expectativa otimista.
Hoje o torcedor atleticano se apega somente a fé. Ela é cega, ela é mística, ela não se explica. Ou se tem Fé ou não.
O clube largou completamente o futebol num ano que deveria ser especial. O elenco claramente frágil não foi reforçado, mesmo com o clube tendo caixa para isso. Não só os resultados, mas principalmente a performance, mesmo com alguns dos esporádicos resultados positivos de todos os diferentes treinadores do ano, denotam isso.
Mas a direção, novamente desprezando o óbvio, preferiu, parecendo que de birra e como forma de castigar o seu torcedor no ano do centenário, deixar um elenco sabidamente fraco até o final do ano. Um elenco que demonstra jogo a jogo há cerca de dois meses que também é MUITO fraco mentalmente.
O problema é a falta de esperança. A esperança precisa ser uma luz no fim do túnel, um último respiro, uma tentativa desesperada de resgatar algo. Todo jogo nas últimas semanas era o da “virada de chave”, mas como bem lembrou Vinicius Furlan do Canal Trétis, viramos uma filial da famosa loja “Rei das Fechaduras”, porque repetidamente temos O jogo para virar a chave e absolutamente NADA acontece.
Os erros na escalação do time que insiste em jogar num sistema que nos expõe em demasia, mas principalmente nas substituições são a consequencia da reiterada tentativa de inventar um novato no comando técnico, que o clube, mesmo com um histórico tenebroso nessas tentativas, segue repetindo de maneira completamente tola. E isso também cobra o seu preço.
Não foi coincidência que o Athletico só ganhou algo relevante ou chegou perto disso com treinadores já rodados, experientes e que conhecem do riscado. Não à toa campanhas comandadas por Evaristo de Macedo (1996), Geninho (2001), Levir Culpi (2004), Antonio Lopes (2005), Mancini (2013), Paulo Autuori em duas fases distintas e com Felipão (2022) são oásis no meio do deserto de ideias das tentativas com estagiários que inclusive não deram certo em outros clubes.
Tiago Nunes foi a ÚNICA exceção pra confirmar a regra!
Cabe ao torcedor ter Fé. Porque com essa direção, a ausência de pulso no futebol e com uma nova invenção no comando técnico, não há esperança.