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30 mar 2004 - 17h38

Araquém, o Show-Man

Alguém ainda se lembra do “Araquém, o Show-Man” ?

Explico: foi um personagem meio bobalhão, meio esquisitão, se achava o maioral, criado pela Tv Globo. Pois é: nós temos o “Mário-Quem? O Show-Man”, um personagem meio bobalhão, meio esquisitão, se acha o maioral, criado pela diretoria do Furacão.

Explico novamente: o cara escala zagueiro para atacar (Alessandro Lopes – ora caindo pela direita, ora pela esquerda), meia para defender (Jádson), meia de lateral (William), pereba para jogar (Fabrício). Quando precisa fazer gol, tira o atacante (Washington) e o único armador (Jádson, que precisa ser zagueiro também). Não avisou o nosso zagueiro (R. Correia) que ele não é o Pelé. Também adora encher o time de volantes e defensores. Mas não adianta nada, porque gol de bola parada também vale e não explicaram isto para ele. Depois de muitos anos, mesmo o Saldanha tendo explicado direitinho, ele ainda adora a “linha-burra”.

Se não fosse o goleiro, teríamos perdido o jogo, as chances e a paciência. Espero estar errado, mas neste ritmo um novo “papelão” como o de 2003 está se anunciando. Em 2001 eu também pensei assim e fomos campeões. Será porque trocaram o técnico aquele ano?

O “Sr. Mário-Quem?” é a materialização da arrogância, nunca admite que ele possa ter errado e sempre quem erra são os jogadores, o árbitro, o “bandeira” ou a torcida “reclamona”. Ahh, os jogadores, além de errarem muito e comprometerem o esquema infalível do “Sr Mário-Quem?”, ainda se comportam como “viados”. Bem, pelo menos assim eles não vão se esgotar na “Boate Carambola”…

Cinco meses se passaram e o “Sr Mário-Quem?” acha que nós somos um laboratório para suas elucubrações pseudo-futebolísticas. Puxa vida, pagar R$ 30,00 para ver o “Mário-Quem?” querer reinventar o futebol é dose. Nós temos um monte de craques que estão ficando loucos, porque só um louco para tentar entender o que outro louco quer. Acho que são poucos acertos para muitos erros.

Apesar de tudo eu não vou à Arena vaiar um jogador que esteja vestindo a camisa do Furacão. Esta camisa ainda é um manto, e vaiar alguém vestindo este manto, isto sim, é coisa de viado. Por favor, os viados que gostam de vaiar que vão torcer para os verdes. Além da afinidade ser maior, terão, como brinde, seu representante junto à diretoria.

Voltemos ao “Mário-Quem”. Alguém pode me dizer um clube e em qual campeonato que o ilustríssimo senhor em questão tenha feito um bom trabalho e que tenha resultado em um título ou pelo menos em uma boa colocação? Pelo menos me digam um clube onde ele começou e terminou um campeonato. Eu não sei. Talvez porque eu seja apenas um torcedor-reclamão-que-não-vaia e não entende de futebol.

Peço desculpas aos meus colegas por não ter sugestões sobre o problema do nosso “técnico laboratorista”. Vaiar durante o jogo nem pensar, mas temos que nos manifestar porque o tempo está acabando. Espero que nossa diretoria saiba que: (1) as grandes conquistas do Furacão tiveram sempre participação importante da torcida e que portanto o valor do ingresso deve ser acessível; (2) o preço do pacote deve ser realmente compensador em relação ao preço do ingresso avulso; (3) o técnico deve ser alguém que entenda de futebol, não apenas alguém que finja entender em suas entrevistas e queira sempre “aparecer”, como um legítimo “show-man”.

Saudações Rubro-Negras.



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