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17 maio 2005 - 23h47

A mão que afaga é a mesma que apedreja

Passando por mais um momento de crise, o clube Atlético Paranaense é o carro chefe no que diz respeito ao destaque negativo do cenário futebolístico. Muitos de nós, nação atleticana, estamos questionando o porquê desta fase ruim; será azar? Particularmente, eu acho que não. Acredito sim em má administração, ou melhor, em uma seqüência de desculpas esfarrapadas a despeito do que o time tem jogado.

Talvez o dito popular que melhor se adapte a situação atual é que a corda sempre arrebenta no lado mais fraco, haja vista que o técnico sempre acaba recebendo a pena máxima, neste caso, a demissão; não querendo defender o técnico, cujas últimas atuações foram lastimáveis. O que talvez esteja perto demais para ser visto pela hipermetropia inconseqüente e irresponsável da diretoria do Atlético, é o fato de manter um elenco ridículo, salvas honradas exceções, e tentar mostrar serviço fazendo algumas contratações infelizes a exemplo do próprio Edinho.

O que caracteriza esta situação medíocre não é um ou outro jogador, um técnico ou mesmo uma torcida apaixonado pelo seu time, e sim, a bizarra combinação de incompetências ao melhor estilo Rubinho e Minardi, por parte de um dirigente mimado, egoísta e sem visão, cujo coração bate dentro do bolso. E não me venham falar de passado, o que foi feito pelo Atlético, tudo que o Atlético conquistou até hoje, foi uma conquista de todos: jogadores, torcida e dirigentes e não de um falso Midas que usa o Clube como aríete em seus interesses pessoais. Só reclamar é fácil, vamos dar nomes aos bois. Em primeiro lugar os investimentos no time deveriam ser constantes e não sazonais como ocorre hoje, sempre que algum campeonato termina é o mesmo djavi, o melhor do elenco é vendido. Às vezes chegamos perto, como foi o caso de 2004, mas quando o time está bom, adivinha? Vende! É obvio que o time precisa gerar receita, o que é inaceitável é a disparidade entre o que é vendido e o que é comprado. A princípio, não estamos realizando nenhuma grande construção e nem quitando nenhuma dívida, para onde está indo esse dinheiro?

Melhor que torcer é rezar para que a diretoria crie vergonha na cara e assuma melhor os erros. Difícil é crer em uma administração onde o bom censo virou poder e o amor pela camisa virou cifrão.

Viva o Atlético!



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