Uma noite para não esquecer
Não lembro quando comecei a freqüentar os jogos do Atlético. Segundo meu pai, eu ainda nem havia dado meus primeiros passos quando entrei pela primeira vez em um estádio. De lá para cá, assisti muitos jogos, vibrei e sofri em muitas oportunidades. E vi meu amor pelo Furacão crescer cada vez mais, porém, confesso, ultimamente andava meio triste com meu time. Já não sentia a mesma paixão. Mas ontem pude novamente torcer e gritar pelo rubro-negro.
O momento em que foi anunciado pelos auto-falantes da arena que a bateria estava de volta aos domínios atleticanos e todo o estádio vibrou, foi, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes da história do Atlético. Naquela hora eu, e certamente muitos outros atleticanos, sentimos que tínhamos o nosso time de volta. Percebi ali que poderia voltar a exercer o meu papel de torcedor.
Esstava sentado, ontem, na reta inferior. E pude ver que, a cada momento de dificuldade do time dentro de campo, os torcedores, de forma inconsciente ou não, voltavam os olhares para o local onde estava a torcida Os Fanáticos. Como se buscassem ali forças para continuar gritando e vibrando. E essa força veio. E todo o estádio continuou a vibrar e cantar até o apito final. A vitória foi nossa. De todos nós torcedores, que, não obstante as divergências de pensamentos, amamos o Atlético.