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30 maio 2005 - 21h52

A razão de ser atleticano até a morte

Nos meus 52 anos de vida, dos quais 38 são dedicados ao glorioso FURACÃO. ( Os outros 14 ainda não vivia aqui no Paraná e não tinha a noção da grandeza desse manto). Comecei a dedicar-me ao nosso ATLETICO em 1.969, como sócio bronze, prata, ouro e até chegar a conselheiro.

Vi – e vivi – tantos episódios do CAP que a única explicação era: PAIXÃO. Depois da grandeza do extraordinário e inesquecível Jofre Cabral, veio o ostracismo. Lembro de mês de fevereiro de 1.969… Muito triste. Iniciava-se o campeonato de 69. O primeiro jogo foi contra o União Bandeirantes, na velha, querida e nostálgica Baixada. O time? Sequer tínhamos 11 para colocar em campo. A fórmula mágica foi fazer um misto do juvenil com meia dúzia de abnegados jogadores que VESTIAM O MANTO SAGRADO verdadeiramente por amor. Dentre eles lá estava à lenda viva “Djalma Santos”, o Alfredo Gotardi, Amauri e Nair.

Lá estávamos começando do “zero”, com um enorme déficit. Mas, como o Atlético é como fênix, ressurge das cinzas, lá estávamos prontos, pra mais uma batalha.

E, após 12 anos, com jogadores esforçados, nada mais que isso, em 70 conquistamos um título que parecia impossível, na raça, no sangue, no suor e lagrimas.
Hoje, relembrando os velhos tempos, já não conseguimos ver, na própria torcida, o mesmo frenesi dos tempos de dantes. Mas, se como torcedores mudamos, como cobrar dos atuais jogadores a raça, a fibra, o suor de outros tempos?

A geração ARENA acostumou-se a vitórias, títulos, mídia, etc. Sós os quarentões, cinquentões é que lembram do verdadeiro sofrimento. Sem time, carregado de dívidas, até a década de 90, inclusive.

Hoje estamos entre os melhores times do PAIS. O Furacão – queiram ou não – incomoda muita gente, especialmente os paulistas.

O que aconteceu com os mineiros na década de 60/70 só veio a acontecer no Estado do Paraná, através do FURACÃO, no século 21. Até então éramos o 4º ou 5º Estado em qualidade e capacidade no futebol. Estávamos atrás de São Paulo, Rio, Minas, Gaúchos e Baianos – pau a pau com os pernambucanos. Ou NÃO?

Pois hoje, apesar de estarmos entre os 3 principais centros esportivos do Pais, GRAÇAS AO FURACÃO, nos damos por frustrados, nos “apequenamos” perante os demais.

E o que é pior, nós, os paranaenses, os atleticanos mesmo não reconhecemos nossa força, o lugar que conquistamos. De 2.000 para cá, todo ano, estamos na mídia, estamos disputando algo importante, ao contrário dos ex-grandes centros esportivos.

Vamos nos unir – NÓS ATLETICANOS DE CORAÇÃO -, vamos nos dar as mãos, com sangue, suor, lágrimas e SORRISOS torcer para que vençamos mais uma batalha, vamos subir mais um degrau apesar dos Jancarlos, Fabricios, Marins, Cocitos, Ticão e outros.

Vamos lembrar que hoje eles representam os Zicos, Amauri, Miltinho, Toninho, Wanderley, Alfredo, Liminha, Zezé, Babá, Nelsinho e outros de maior categoria dos idos anos 70.

Vamos nos dar as mãos. Vamos fazer uma corrente, e seja o que Deus quiser. Um forte abraço aos verdadeiros atleticanos, aos cinquentões, quarentões e, principalmente, aos geração ARENA.



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