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11 jul 2005 - 15h08

O filme

Na noite passada poderia ter passado um filme pelas nossas cabeças. Que filme seria esse? Vamos pensar num título para o filme…poderia ser: “Eu e o futebol”. Bem, creio que o filme começaria com um ator principal, nesse caso “EU”. Precisaria de um coadjuvante: “a bola”, e a cena inicial mostraria o encontro dos dois. É… eu me lembro desse encontro… com a bola de meia, latinhas de refrigerante, aquela bola rasgada…
O filme iniciaria com o meu primeiro chute. Chute que marcaria o meu coração e selaria o meu destino… o meu futuro… a minha razão de ser.

No decorrer desse filme apareceriam várias pessoas… pai, mãe, irmão, amigos de infância, colegas de time, treinadores, cada um com a sua importância e com a sua colaboração na formação de quem eu seria. Mas quem eu seria? Eu ainda não saberia quem eu seria, apenas onde eu iria chegar. Lembraria de quando comecei a entender que futebol não era apenas aquela diversão na rua, mas que poderia ser algo maior, algo grandioso. Poderia ser o principal instrumento de ligação entre os seres humanos; poderia ser a melhor forma de divulgação da alegria. Nossa!!! FUTEBOL!!! Que palavra mágica! Lembraria do primeiro time pelo qual torci… foi o …??? É o primeiro time foram tantos. Nunca entendi bem o por quê? Mas, pensando bem, poderia ser pelo fato do futebol para mim estar acima de uma simples divisão de torcidas. Para mim só importava entrar em campo e dar o meu melhor… e se tem uma coisa que eu aprendi, é que não se perde jogo algum quando todos dão o melhor de si pelo time….

Lembraria dos primeiros campeonatos, jogos que pareciam impossíveis vencer, mas nós vencíamos… Mas como, eu me perguntava? O que importava naquele momento era comemorar, como criança…
Lembraria de quando comecei a acompanhar os campeonatos: Estadual, Brasileiro, LIBERTADORES, Mundial… Nossa, que sonho… Como eu vibrava quando o meu time ganhava um estadual!!! Me lembraria das adversidades que tive para ser um verdadeiro jogador… mas, aqui estou! Quem sabe agora descobriria como vencíamos aqueles “jogos impossíveis”. Vencíamos porque jogávamos com a alegria de uma criança. Criança que daria tudo para jogar um jogo apenas, o jogo de uma final de campeonato com a situação extremamente adversa, em que tudo estivesse conspirando contra, para que pudesse dar melhor de mim, com a certeza de que os meus companheiros fariam o mesmo…. e se tem uma coisa que eu aprendi, é que não se perde jogo algum quando todos dão o melhor de si pelo time.

Bem, a criança cresceu, virou homem e se transformou em jogador. Jogador que é a inspiração para as crianças de agora… Jogador que entende o que é futebol “pelo lado de dentro”: muito esforço, treinamentos físicos, táticos, musculação, vida regrada etc. Mas nesse mesmo jogador vive aquela criança que um dia sonhou em jogar aquela final importante. Pois bem, este sonho será realizado quinta-feira. Segunda, terça, quarta, quinta-feira… Meu sonho está logo ali. Mas espera um momento… meu sonho era jogar ou vencer aquele jogo? Tudo que eu queria era a oportunidade de mostrar ser capaz, porque nesse jogo a derrota não estaria presente em momento algum. Cada lance seria um momento em que passaria em minha mente aquele filme: “EU E O FUTEBOL” em milésimos de segundos. Aquela criança teria a força de 11 adultos em campo, que ganharia cada dividida, acertaria “aquele” chute, daria “aquele” passe perfeito, cobriria o companheiro se ele precisasse… Cada lance do jogo seria lembrado para sempre porque eu estaria dando o melhor de mim por todos… e se tem uma coisa que eu aprendi, é que não se perde jogo algum quando todos dão o melhor de si pelo time…”

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Como Estímulo:

Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque a meia noite.
É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por levarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças: evitando o desperdicío.
Posso reclamar da minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quizer.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende de mim.

“Charles Chaplin”



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