Folha de S. Paulo

Aloísio e Lima são a nova encarnação do "casal 20" atleticano, formado por Washington e Assis, que fizeram sucesso no clube no início dos anos 80 até saírem juntos para brilhar também no Fluminense. Os dois, assim como os também grandalhões Washington e Assis, chegaram a Curitiba em baixa. Repetindo os atacantes da década de 80, Aloísio e Lima se entendiam em campo e trocam "juras de amor" fora dele.

A parceria foi suspensa no treino de ontem, devido a uma gripe que deixou Lima de repouso. O atacante, porém, está confirmado para a decisão. "O Lima tem que jogar, não tem como ficar de fora. Ele é meu parceirinho, meu irmãozinho, e tem dado certo comigo dentro de campo", disse Aloísio, 30, que foi, ao lado do lateral-direito Jancarlos, o campeão de faltas do jogo da quarta passada.

"Verdade que fiz sete faltas? É, o professor pede para a gente segurar um pouco lá na frente, senão ele puxa a orelha da gente. Ele diz que a gente recebe um monte de falta e não faz nenhuma", afirma o atacante. O alagoano de Atalaia acredita que a decisão de amanhã é a maior de sua vida. "Sonhar não custa nada, e a gente vai querendo ser campeão."

Sobre o colega de 23 anos, paranaense de Alvorada do Sul, Aloísio é só elogios. "Não temos inveja ou disputa um com o outro. A gente sabe que quem fizer gol vai ajudar o time." Para o volante Cocito, além da força nas bolas aéreas, Lima e Aloísio tem outros trunfos. "Às vezes um deles sozinho consegue segurar dois zagueiros lá na defesa. E, como são brigadores, eles têm condições de transformar um chutão da defesa em passe para tentar o gol", afirma.

Reportagem: Márvio dos Anjos, da Folha de S.Paulo