Folha de S. Paulo: "Final esporte fino"
O jornal Folha de S. Paulo traz hoje, em sua versão impressa, uma reportagem intitulada "Final esporte fino reúne defensores da elitização". Na matéria, assinada pelos jornalistas Fábio Victor e Dimitro do Valle, o periódico afirma quer a final da Libertadores "reúne dois clubes identificados desde sua origem com os estratos mais abastados das sociedades curitibana e paulistana, os dois são até hoje os ícones das elites dessas cidades".
De acordo com a reportagem, os dois são também "poderosos porta-vozes de uma tendência crescente entres as maiores agremiações do país, a de que a modernização do futebol começa pela elitização da platéia. E têm ambos patrimônios valiosos, com estádios e centros de treinamentos entre os melhores do país."
O jornal explica ainda a origem dos clubes: "Sem prejuízo da enorme popularização de sua torcida, verificada especialmente nos últimos 15 anos, o São Paulo, criado a partir do Paulistano, clube que no início do século passado reunia a nata da aristocracia paulistana, continua associado a estereótipos de elite. Só mudaram os apelidos: os são-paulinos que antes eram xingados pelos adversários de pó-de-arroz ou almofadinhas, hoje são os bambis".
A reportagem lembra, também, que a torcida rubro-negra já é a maior do Paraná: "O Atlético-PR vive situação semelhante. O Coritiba sempre foi o time mais popular do Paraná, mas viu nos últimos anos sua torcida ser ultrapassada pela do arqui-rival, o que não tirou a aura de burguês que o Atlético carrega desde o nascimento e que até hoje faz questão de manter. "
A reportagem destaca, ainda, o crescimento na venda de artigos ligados ao clube. "Mesmo com o preço de R$ 129,90, as camisas oficiais atleticanas têm vendido como água. Na loja do clube na Arena, as vendas tiveram incremento de 50%."