14 jul 2005 - 3h12

O dia mais importante de nossas vidas

Hoje é o dia mais importante de nossas vidas, atleticanos. Não importa se você tem mais de 60 anos, 12, 25 ou 32. Se é jogador, dirigente, torcedor ou funcionário. Somos todos rubro-negros e a importância desta data nos atinge do mesmo modo. Neste 14 de julho de 2005, o Atlético disputará o jogo mais importante de seus 81 anos, 3 meses e 18 dias. Uma longa vida, uma trajetória repleta de conquistas épicas, de dificuldades superadas e de muita raça e amor. Acredite, nunca houve em todo esse tempo um dia tão importante quanto hoje, dia em que o Clube Atlético Paranaense, seus jogadores, seus torcedores e sua história entram em campo para enfrentar o São Paulo Futebol Clube na decisão da Copa Libertadores da América de 2005.

26 de março, 23 de dezembro, 24 de junho e 16 de fevereiro. A fundação do clube, a conquista do Campeonato Brasileiro, a inauguração da Arena da Baixada e a estréia na Libertadores. Datas e fatos importantes e que não serão jamais apagados de nossa memória. Mas o jogo de hoje contra o São Paulo é especial. Representa a consagração definitiva do Clube Atlético Paranaense, sua afirmação como um clube continental, rompendo as barreiras do Paraná e do Brasil. As glórias de Caju, Jackson e Cireno jamais ficarão para trás. Naquele tempo, sequer havia a Libertadores da América. Nos tempos de Sicupira, Roberto Costa, Washington, Assis, Ricardo Pinto, Paulo Rink e Oséas, o Atlético jamais pôde sonhar em chegar à Libertadores.

Fomos felizes muitas vezes em todos esses anos. Mas hoje, 14 de julho de 2005, podemos atingir o máximo. Chegar ao mais alto patamar almejado por uma equipe brasileira e latino-americana. Conquistar o título da Libertadores da América nesta quinta-feira será algo que nunca sairá das nossas memórias. Talvez nunca sejamos tão felizes quanto hoje.

Hoje estarão em campo Joaquim Américo Guimarães, Arcésio Guimarães, Joaquim Narciso de Azevedo, Hugo Franco, Arnaldo de Siqueira, Matheus Boscardin, Erasmo Mäder, Candido Mäder e muitos outros que foram responsáveis por fundar o clube, em 1924. Também estarão lá Tapyr, Marrecão, Malello, Smythe, Marrequinho, Motta e os outros primeiros atletas a vestirem o manto sagrado rubro-negro, sucedidos por outros milhares.

Estaremos, eu e você, lado a lado de Diego, Jancarlos, Danilo, Durval, Marcão, Alan Bahia, Cocito, Fabrício, Fernandinho, Evandro, Aloísio, Lima, Tiago Cardoso, Tiago Vieira, Marín, André Rocha, Ticão, Leandro, Rodrigo, Jorge Henrique, Cléo. O Atlético que pisar no campo do Estádio Cícero Pompeu de Toledo às 21h45 desta quinta-feira não será apenas o Atlético de onze guerreiros. Será o Atlético de uma nação, de um sentimento que passa de geração para geração e se torna cada vez mais forte. Ser atleticano é algo especial e nós sabemos disso. Não é preciso um título de Libertadores da América para nos fazer continuar torcendo ou aumentar nossa paixão. A paixão é a mesma dos tempos difíceis. Mas nós merecemos essa conquista e vamos lutar por ela com todas as nossas forças.

Libertadores – (14/07/05) – São Paulo x Atlético
L: Morumbi; H: 21h45; A: Horacio Elizondo (ARG); T: Globo e Sportv (Brasil), Fox Sport (para a América).

SÃO PAULO: Rogério Ceni; Alex, Lugano e Fabão; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Luizão e Amoroso. T: Paulo Autuori.

ATLÉTICO: Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito, Alan Bahia (André Rocha), Fabrício e Fernandinho (Evandro); Lima e Aloísio. T: Antonio Lopes.



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