River x Atlético, uma breve análise
Se pudéssemos acrescentar uma definição para sufoco no Dicionário Aurélio, com certeza seria River Plate x Atlético.
O Atlético conseguiu superar uma pressão que praticamente durou os 90 minutos de partida e, nunca vi tão claramente representada na prática a frase: bola no mato que o jogo é de campeonato. E em minha opinião foi espetacular. Primeiro jogo no Monumental, mata-mata, é isso mesmo.
Porém o Atlético mostrou que quando, os passes chegavam ao destino certo, levava grande perigo a meta do goleiro Lux (que quase entregou o jogo numa reposição de bola que o William interceptou, ainda no primeiro tempo).
Gostaria de destacar algumas atuações na equipe do Atlético, não vou citar o Cléber que, com certeza, foi o melhor em campo. Meus destaques são:
– Danilo: foi bem, quando foi acionado (o jogo inteiro), mostrou-se seguro e ganhou a maioria das jogadas;
– Erandir: apesar de afobado no início, foi eficiente na sobra dos zagueiros e desarmou bem;
– Marcelo Silva: guerreiro, correu o tempo inteiro, marcou muito e não falhou em uma dividida sequer;
– Michel: firme, forte na marcação e perigoso no ataque, para mim a melhor contratação do Atlético neste ano;
– Cristian: achei excelente a participação dele no jogo, certo que errou alguns passes, mas, marcou bem e puxava com velocidade os poucos ataques do Atlético;
– Denis Marques: passa por uma fase terrível em termos de finalização, mas é um jogador que leva perigo sempre. Preciso no passe para o gol da vitória, gostaria muito que a torcida tivesse paciência com ele;
– Ferreira: o motorzinho do time, quando arranca ninguém segura, marcou, roubou bolas, mais uma ótima atuação do colombiano;
– Marcos Aurélio: fez o gol que garantiu a vitória, apesar de não aparecer muito no jogo.
Acho que o time num todo mostrou garra e vontade de conquistar o resultado, mas poderia ser menos sufocante se o Vadão não recuasse o time tão cedo. Faltando mais ou menos 20 minutos para acabar o jogo, ficamos sem o ataque (Denis e Marcos Aurélio). Tentei entender as substituições, chegando a seguinte conclusão: o técnico queria aproveitar a velocidade do Cristian para puxar os contra-ataques, porém esse já estava sem pernas. O Paulo Rink, para tentar aproveitar alguma jogada com força e usar sua experiência para acalmar o jogo, mas isso não ocorreu. E o Alan Bahia (entrou bem) para trancar tudo e cuidar do perigoso Belluschi (n.8 do River), conseguiu.
Mas como disse, o que valeu foi a vitória, a vontade e a garra que o time inteiro mostrou. Mais uma vez o Atlético fez história e mostrou o El Paranaenese, vice-campeão da Libertadores. Nada melhor para fechar esta semana, se neste sábado conseguirmos uma vitória sobre nosso mais recente rival e clássico, o São Paulo. Vamos lotar a Arena e sufocar o tricolor paulista.