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18 dez 2006 - 12h48

Lembranças

Na decisão do ano passado, Aloísio foi decisivo para a conquista do mundial pelo SPFC. Este ano, Adriano Gabiru, num toque singelo, porém carregado de astúcia, deu o título ao Internacional. Washington é campeão no Japão, enquanto Kleberson brilha na Turquia.

Dezenas de atletas desconhecidos, outros em franca decadência como Washington e Aloísio, aqui chegam recrutados a preço de banana, e hoje brilham em todos os cantos do mundo. Destes, como Kleber, Jadson e muitos outros, não querem nem ouvir falar em Atlético, por saírem daqui, pra variar, brigados com o ser supremo, que trata-os com se mercadoria fossem. Nota-se a mágoa e a revolta em todas as entrevistas de Aloísio, quando o assunto é a diretoria do Atlético, e convenhamos, inteiramente justas, pois eu vi Aloísio desembarcar da viatura policial como um marginal, vaiado por uma centena de torcedores insuflados pela irresponsabilidade e mentiras do Sr. Mário Celso Petraglia, entre os quais me incluo; vovô, 57 anos, cometendo o único ato do qual me arrependo em quase meio século de atleticanismo.

Gabiru, insatisfeito com o tratamento recebido pela diretoria, disputando o regional pelo rubro-negro, e afirmando alto e em bom tom, que já havia assinado com o colorado gaúcho, numa atitude mesquinha e mercenária, afrontando nosso uniforme e nossas tradições, e de novo, só o silêncio covarde da nossa cúpula.

Marcão taí, dizendo que adora o Atlético e sua torcida, mas que precisa pensar no futuro. Acaba de declarar no Mesa Redonda que se não aparecer nada melhor, dia 03 de janeiro apresenta-se no CT do Caju, já que é funcionário do Atlético. Rogério Corrêa, ninguém sabe ao certo. Diz que fica, mas como não temos diretor de futebol, assessoria de imprensa, site oficial e o depto. de marketing não trabalha para o clube, é contratado para fazer o marketing da diretoria, resta-nos apenas a dúvida.

Dagoberto, meu Deus, de novo Dagoberto. Taí comendo e bebendo sem trabalhar; o tempo passando, os ânimos se acirrando a cada dia, vai acabar indo embora de graça, simplesmente porque teve a coragem de dizer que o presidente não mandava nada, e quem manda mesmo é MCP. Nada mais verdadeiro. Seu destino deve ser os bambis. Aliás, Petraglia deve ter algum desvio; deve gostar de ser enganado, pois vira e mexe os bambis aplicam-lhe uma, e ele sai todo faceiro.

E pior, anuncia-se a boca pequena, a saída de quase todos os titulares da presente temporada, incluindo-se Ferreira, talvez o único jogador que realmente mostrou vontade e raça este ano. Ou seja, não conseguimos manter nossos melhores atletas, ficando só coisas inservíveis, insatisfeitas ou mutiladas. E quem sai, invariavelmente sai brigado, levando carradas de mágoas, e prometendo jamais passar sequer perto do estádio. Nossa diretoria não consegue administrar a cabeça dos nossos jogadores, inculcando-lhes respeito, orgulho e responsabilidade às nossas cores e tradições.

Enfim, não passamos de um entreposto; uma Feira permanente onde compra-se e vende-se jogadores de futebol, com o fito único da compensação pecuniária. O resto, bem o resto não interessa, pelo menos à rude plebe, que deve contentar-se com o que ficou, e dar graças a Deus, e a MCP, por continuarmos na primeira divisão. Pelo menos até dezembro/07. Tá bom, mais não precisa mesmo.



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