Deve ser muito ruim ser jogador do Atlético
Eu não vejo outra razão para os acontecimentos que têm se tornado cada vez mais freqüentes com relação ao elenco rubro-negro: deve ser muito ser jogador do Atlético.
Em que pese a estrutura, o Centro de Treinamentos, a magnífica Kyocera ARENA e a nossa inflamada torcida, algo de muito estranho deve acontecer “nos bastidores” que torna insuportável o dia-a-dia dos atletas dentro do clube.
Se formos parar para pensar, quantos clubes do Brasil têm essas “surpresas” a cada final de temporada? Jogadores simplesmente deixam de se reapresentar e acertam suas transferências para outros clubes sem que ninguém fique sabendo de nada antes do anúncio que, sempre, vem do outro lado (e não do Atlético, como era de se esperar)?
Será que é mesmo puramente a questão financeira que está pesando? Será que os atletas são, de fato, mercenários e ficam “deslumbrados” com a possibilidade de aumentar o salário rapidamente? Se é assim, por quê as coisas não são feitas às claras? Por quê a diretoria do Atlético não se pronuncia e prefere brigar na Justiça, por debaixo dos panos, ao invés de esclarecer os fatos ao torcedor?
Não seria mais simples a diretoria se pronunciar, afirmando que tal jogador está pedindo um salário muito acima do teto do clube e que, por isso, o Atlético não vai renovar o contrato?
Essa situação, sinceramente, me preocupa. Não há nenhuma transparência nessas questões no Atlético e sempre acabamos sabendo das negociações através da imprensa ou de uma eventual liminar obtida na Justiça “de surpresa”.
É óbvio que o Atlético não pode abrir mão dos seus direitos, como a renovação prioritária do contrato do Marcos Aurélio, por exemplo. Mas a minha preocupação não é com relação a isso, mas sim com a falta de vontade que os jogadores têm de continuar defendendo o Atlético…
Eu me pergunto: POR QUÊ?