O que virá pela frente?
Há alguns meses conheci um professor de português, o Rafael. Atleticano como eu, o Rafael é um daqueles otimistas, a quem se deve recorrer nas horas mais difíceis da vida para escutar uma palavra camarada. Eu, atleticano como o Rafael, sou um daqueles pessimistas, a quem se deve fugir em qualquer das horas. Nosso time estava naquela fase iluminada. Denis Marques passando de letra, Marcos Aurélio beijando nosso escudo em Buenos Aires e Montevidéu, Cristian gastando a bola, Jancarlos (até ele) batendo faltas melhor que Zico e assim por diante.
Pois bem, lembro-me de uma manhã na sala dos professores em que debatíamos, pra variar, nosso querido Furacão. Estávamos lá, admirados com o futebol apresentado pelo Atlético na noite anterior contra o Nacional-URU. Foi quando adverti: “não será isso fogo de palha?”
Fui prontamente advertido pelos meus colegas atleticanos no recinto, principalmente pelo Professor Rafael que mandou a bronca: “Esse ano tem sido um “ano Caue”, mas a Sul-americana não, a Sul-americana já é nossa”. O desfecho todos lembram…
Acompanhando as notícias (raras) desse início de ano, fico imaginando se teremos um “ano Cauê” ou um “ano Rafael”. No saldo (provável) de contratações e dispensas, pendo estarmos no “positivo”. Saem César e Danilo entram Marcão e Rogério Corrêa, sai William entra Ramón e por aí vai…
As atitudes de nossa diretoria continuam coerentes em relação a 2006, ou seja, não mudaram. Continuam restringindo o acesso da imprensa ao CT, nada falam a respeito da conclusão da Arena, tão sonhada por todos nós, escondem o produto que têm em mãos (como vou comprar um produto que não conheço?)
Espero sinceramente, torcedores rubro-negros, que este seja um “ano Rafael”, pois eu, Caue, estarei na Arena (concluída ou não é o melhor estádio da América Latina diparado) em todos os jogos, gritando, sofrendo, xingando os “coxas”…pois não há nada no mundo melhor do que ser Rubro-Negro.