Dagoberto e nosso amadorismo
A nossa diretoria, que dizem prima pela organização e profissionalismo, está cada dia agindo mais amadorísticamente que qualquer clube amador de Curitiba. Já não bastasse o “enclausuramento”, que ninguém sabe o motivo, deixando nós torcedores carentes de qualquer notícia efetiva do clube, que não aquelas encomendadas e convenientes lançadas no frági sitio oficial, presenciamos o caso do jogador Dagoberto na estréia do campeonato paranaense.
Não se sabe o que pretendem os nossos diretores que não dão entrevista, nao explicam, não se manifestam. O que querem com o Dagoberto? O jogador de reconhecida qualidade técnica, muito superior a qualquer outro integrante do atual plantel, foi diponibilizado para ser suplente do chamado time “B”. E pior, o jogador foi colocado numa condição de réu contumaz, de inimigo mortal da nação atleticana, de forma que quando entra em campo (pra que coloca-lo em campo?), já entra vaiado, e vaiado permanece a cada lance, a cada vez que toca na bola.
Pode parar, diretoria!!! Pode parar torcida. A diretoria rompeu laços com o jogador porque queria a prorrogação do contrato do mesmo para fazer valer a multa rescisória num valor substancial. Contudo, mesmo tendo conseguido na Justiça a prorrogação do contrato, a diretoria tratou de desvalorizar a mercadoria. Vejam que no ano passado o jogador voltou a atuar contra o Gremio no time reserva. Jogou e bem. Esperava-se que o mesmo jogasse contra o São Paulo e Pachuca, lá no México. Porém, mais uma vez, embora recebendo ótimos salários, foi afastado.
Agora, de forma absurda, mesmo tendo contrato em vigor, precisando ser vendido, é colocado no banco de reservas, num jogo do certame paranaense e ainda, reserva do time “B”. E quando entra é vaiado a cada lance. Convenhamos, a torcida vaia porque foi induzida a isto e torceu, é certo, contra o patrimônio, por isso deixamos de ganhar do pequenérrimo J. Malucelli.
Onde está o tão decantado profissionalismo de nossa diretoria? Ora, considerando que o jogador tem qualidades técnicas indiscutíveis; considerando que o atleta está sob contrato e recebendo excelentes salários; considerando que o atleta poderá e deverá ser vendido por um valor considerável e que estes valores deverão reverter ao clube; considerando que o clube tenciona(acredita-se) ganhar a Copa do Brasil…é de se perguntar: Pra que desvalorizar a mercadoria? Por que o atleta não passa a integrar definitivamente o grupo principal, até que eventualmente seja vendido? A diretoria quem sabe responda, que em março ele pagará a multa rescisória e irá para o São Paulo, Inter ou coisa que o valha. Se é isso, porque brigaram para prorrogar contrato?
O jogador tem que ser titular até que seja vendido. O Fabrício que era um perna de pau jogou, jogou, jogou, nos irritou, mas conseguiram vendê-lo. O Dagoberto só precisa jogar pra ser bem vendido. Mas no time titular!!
Tá tudo errado e as perguntas feitas, são irrespondíveis e por isso também, acredito que por não terem respostas para estas e tantas outras perguntas (término da Arena – preço de ingresso) é que optou-se pela lei da mordaça.
Ficamos então buscando notícias, informações, especulações..o que será que nos está reservado para este ano? Ninguém sabe, ninguém diz.
Tenho então, que pagar 30 paus pra ver o chamado time “B”.
Por atitudes como esta tomadas contra o Dagoberto, visualizasse apenas vingança. Convenhamos, nao é uma atitude racional colocá-lo na reserva do time “B” e incitarmos a vaia. Isso é amadorismo…Infelizmente.