Deplorável, é o mínimo que se pode dizer do comportamento de parte da “torcida” neste domingo no estádio do Pinhão, após a antrada de Dagoberto em campo.

Uma turba ensandecida, formada por um bando de falsos atleticanos comandados pela torcida oficial e Chapa Branca, simplesmente acabaram com o jogo.

A sanha avassaladora, contaminou toda a equipe, especialmente depois do lance onde a bola de Dagoberto rolava para o gol, e os “atleticanos” aos berros, torcendo para que não entrasse, culminando em calorosos aplausos ao jogador adversário que livrou o perigo de gol.
O gesto infame, próprio de quem não ama o Atlético, destruiu tudo que havia sido feito até então. Uma fúria insensata, desnecessária e destituída de qualquer resquício de amor ao clube, imediatamente penetrou nos espírito dos jogadores, alquebrando-os, e o resultado foi aquilo que todos vimos: uma caricatura de time de futebol, formada por jogadores psicologicamente derrotados, e pior, vencidos pela sua própria torcida. Algo nunca visto no Atlético!

Tentei esclarecer ao inteligente ao meu lado, que ele não estava prejudicando Dagoberto; tentei convencê-lo que Dagoberto é página virada, e que, se Dagoberto estava em campo, o único responsável seria o presidente, e mais: ele estava vaiando e ofendendo uma camisa pela qual muitos já morreram, e que perto de mim ninguém ofende aquela camisa. Sabem a resposta do esperto? – “Vaio porque paguei ingresso; gastei “deizão” pra estar aqui e tenho este direito”. – Santo Deus, pensei comigo; atualmente míseros R$ 10,00 na cabeça de um tono como este, são suficientes patra se achar no direito de violentar a sagrada camisa do meu Atlético.

Tudo isto devido à irresponsabilidade da diretoria que criou o problema Dagoberto;nao consegue resolvê-lo e sabe que mais dia, menos dia, ele vai embora de graça. De modos que só a eles interessa jogar o atleta contra a torcida, recurso mais que usado quando cometem erros, numa atitude covarde e irresponsável, tal qual fizeram com Aloízio; Lothar e já está acontecendo com Marcos Aurélio.

Ninguém aqui está defendendo, ou apoiando Dagoberto. Por mim, este pivete já estaria fora do Atlético há muito tempo. Não existe atividade no mundo que alguém possa exercê-la a contento, sem motivação ou um mínimo de estímulo. Muito menos futebol profissional, atividade que exige além uma série de predicados pessoais, motivação sobrando, saindo por todos os poros.

Esta diretoria, somente ela, se responsável fosse, há muito teria chegado junto deste garoto e dito-lhe: “Aqui está o seu acerto, vá para o spfc; para os coxas, ou vá para o diabo, mas suma daqui! Sua presença é nefasta para a harmonia da equipe.”

Porém isto não acontece; preferem deixar a pústula aberta e exposta, numa tentativa de tirar de sobre as costas, a responsabilidade que é só deles, pois não souberam conduzir com profissionalismo e diligência um assunto rotineiro em qualquer empresa ou clube de futebol, culminando com a abrupta desvalorização do passe do jogador, nossa maior revelação nas últimas décadas e a maior promessa financeira de toda nossa história.

Simplesmente micou, e os responsáveis pelo fracasso não querem admitir o próprio erro. Uma lástima!