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22 jul 2007 - 10h54

Relembrando

Conforme contato com um colunista e em seu retorno pedindo que todos participassem, cá estou eu tentando fazer a minha parte. A situação do CAP, na minha opinião, deve ser analisada segundo uma seqüência de fatos. Vamos a eles:

Na campanha de 2001, houve uma ruptura da diretoria, embora a conquista do título do Brasileiro tenha ocorrido. Por não ter sido a sua vontade contratar Nem, Souza, Geninho e além disso demitir Mário Sérgio, Petraglia, por inveja, ciúmes, começou a limpa (e hoje entendo, que no fundo o título prometido para 10 anos e que acabou vindo antes, não era tão desejado pelo nosso Imperador, pois a conquista nos tornou grande), pois aumentou o nosso desejo por títulos e por equipes tão fortes como esta, e automaticamente a cobrança também.

Não me esqueço da entrevista que o Sr. Petraglia deu ao “Bom Dia Paraná” no dia seguinte à grande conquista: perguntado, disse que não sabia do futuro, que talvez já tivesse cumprido sua missão de forma antecipada, num desânimo que me deixou atônito. Hoje entendemos porque. Ou não? Veio 2002, Marcus Coelho, Valmor, Ênio Fornéa, Ademir Adur, Samir Haidar e cia, deixaram o Clube com o passe de Alex Mineiro em definitivo, renovado compromisso com Geninho, ou seja, time montado para a Libertadores. Atropelaram o planejamento da Libertadores, devido a uma derrota na primeira rodada para o Cruzeiro na Baixada, pela Copa Sul-Minas. A campanha na Libertadores foi um fiasco, e lembro-me do jogo pela semi-final da Sul-Minas contra o América/MG, CAP 4 X 3 América /MG, nós com 9 jogadores perdendo por 3×1 e conseguimos virar e nos classificar para a final. Pergunto a vocês: Lembram-se do time que jogou? No final do jogo, Petraglia foi as câmeras e microfones e disse que a partir daquele jogo o Atlético teria a sua cara, que o time era uma vergonha. E esses dois últimos elencos que tivemos, é pelo menos igual aquele?

Em seguida foi realizando o início de sua saga: “tocou os diretores acima citados, demitiu Geninho, Nem, Souza (nem foi procurado para renovar). A continuidade todos recordamos: técnicos bisonhos, pouco investimento em jogadores, alta arrecadação com vendas de atletas, empresários passeando pelo CT, majoração de ingresso, atritos com a imprensa e distanciamento com torcedores. A cada ítem descrito acima um motivo: transformar o Clube Atlético Paranaense em Clube Atlético Petraglia, uma empresa tocada de forma autoritária, com finalidade altamente lucrativa, sem compromisso de conquistas, isto várias vezes frisado pelo próprio Petraglia, ou não se lembram?

Veio 2004, um bom time sem muitos investimentos, e tudo ia bem até que brigou com Eurico nas reuniões do Clube dos 13. Perdemos o título e a culpa foi do Levir, que teria pedido aumento antes do término da competição, pergunto: um bicampeonato brasileiro quanto vale? Por acaso não valeria 50 mil a mais no salário do treinador? Ah!!, me perdoem, Petraglia é de uma ética e lisura acima da média. Era impossível contornar essa situação a 3 jogos do fim do campeonato. Então perdemos para o Santos. Foi vendido o Jádson, por “aconselhamento”, Washington realmente foi impossível segurar, depois Fernandinho num momento “corretíssimo” (durante a fase final da Libertadores), dispensou Marinho, Fabiano, etc… Por sinal, na primeira fase e em entrevista coletiva, nosso Imperador afirmou categóricamente que o CAP foi montado para não seria campeão e que não faria loucuras como o Grêmio que estava na segundona. Só esqueceu de combinar com a comissão técnica e jogadores, que chegaram a final. E os gremistas? Que inveja tenho das “loucuras” realizadas por eles, afinal subiram e decidiram uma Libertadores logo em seguida. Mas a torcida continuava querendo acompanhar seu clube de coração, aí então foi proibida a cobertura pela imprensa, majorou-se o ingresso, ou seja, blindou-se a empresa de Petráglia. Como quero contribuir, tenho uma sugestão: me tornarei novamente sócio do CAP se ao contrário do direito a voto, me derem porcentagens ou cotas das vendas de jogadores, aí sim serei realmente “sócio”.

Copa do Mundo na Arena: quanto lucro ao Petráglia!! Para encerrar, perguntas: Depois das Copas na Ásia e Alemanha, os clubes ficaram mais ricos ou mais famosos? Qual clube coreano, japonês que o mundo todo comenta? E mudou o panorama mundial dos clubes alemães? Onde estão os lucros com patrocínios da Kyocera, prêmio Brasileirão (vice 2004), prêmio da Libertadores(vice-campeão 2005), Sulamericana, arrecadações em 2004 e 2005? Se vamos procurar parceiros para concluir a Arena, onde está todo este dinheiro? Qual o grande jogador que trouxemos? Eu já não torço mais, sinceramnete estou anestesiado, não tenho nem forças para impedir que minha filha de 1 mês venha optar algum dia por torcer por outro clube de fora ou mesmo da capital, pois o Clube Atlético Paranaense não mais existe, é apenas nome fantasia. Petráglia realmente é muito feio, igualzinho ao time que prometeu.



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