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19 set 2007 - 13h15

Coisas de Coxa

Saudações Rubro-Negras.

Como estamos de bem com a vida esta semana, vamos deixar o nosso Furacão de lado, vamos citar ele nos próximos textos. Agora vamos falar um pouquinho de coisas ruim que temos na cidade.

Neste meio futebolísticos existem pessoas que não acreditam no que vêem. Eles acham que o tempo não passa e esquecem que o mundo é exigente; se as coisas estacionam, esqueça, vai penar muito para alcançar o presente; vive somente no passado, é um verdadeiro museu.

É assim que eu sempre descrevi o nosso rival e sua torcidinha sem graça. Coitados, até que eles não têm culpa, pois as cores não ajudam, a história deles é manchada por vários fatores, desde a construção do Estádio. Eles ergueram aquele Salão de Festa com desvio de verbas de materiais, onde o destino era para a construção do Pinheirão, mas eram descarregadas no Alto de poucas Glórias.

As glórias conquistadas por eles nas décadas passadas foram um absurdo: compravam a arbitragem, era uma festa, o Evangelino quem o diga. Para vocês terem idéia, recentemente, no ano de 1998, seu Viale e o seu Nedo Xavier foram até Iraty comprar o goleiro do time local. Se deram mal e acabamos sendo campeões de cabo a rabo.

E as histórias deles continuam. Quem não se recorda daquele Atletiba da entrega das faixas em 1985? Eu não pude comparecer ao estádio porque eu estava de castigo. Quando a professora chamava os meus pais na escola, o meu pai me castigava não me levando nos jogos do Atlético, levava a minha irmã só para provocar. Eles foram, infelizmente assistiram somente meia-hora de jogo, a coxarada correram de campo. Que vergonha, o atual Campeão Brasileiro fugiu do Campeão Paranaense, coisas de coxa.

Mas é claro, um dia a teta iria secar. Quem não lembra daquele Coxa rico; eles sempre traziam grandes jogadores, formavam times fortes, técnicos de nomes, Campeões Brasileiros e a torcidinha deles crescendo, bem devagar, quase parando. É fácil de explicar essa riqueza que eles possuiam e que hoje não existe mais.

Nós podemos xingar e não perdoar para o resto de nossas vidas o seu Onaireves Rolim de Moura, mas quando ele levou o Atlético para o Pinheirão nós sofremos, e como… Foram 9 anos de castigo. Em compensação, quebramos a coxarada. Eles sobreviviam nas custas de rendas dos jogos do Atlético para se auto sustentarem.

De tanto sofrer, a nossa torcida foi se fortalecendo em quantidade e qualidade. No ano de 1983 quando ficamos em terceiro colocado no Brasileirão, os ibopes e a Revista Placar já anunciavam a maior torcida do estado, e hoje somos 3 vezes maior que os coxas no Estado do Paraná. Somos mais de 1 milhão no país, enquanto a coxarada estacionou no tempo, nem os filhos dos velhos coxas torcem para eles; imaginem só os netos e bisnetos. A torcidinha deles não tem como crescer, a não ser nos asilos de Curitiba.

Como o seu Gionédis não tem mais nada o que fazer, ele poderia pegar uma folha de papel e ir visitar os asilos de Curitiba e Região Metropolitana. Quem sabe, ele encontre muitos coxas por lá e se contente em ter a maior torcida asilada da cidade. Eu ouvi nesta terça-feira o então vereador de Curitiba e coxa-branca Luizão reprovando a atitude do seu Gionédis. Mais um erro da diretoria, disse ele. Eu não vejo isso como um erro. São coisas de coxas, mesmo. Eles gostam de cantar a vitória antes da hora, são fogueteiros, mas isso não soma, não são virtudes. Virtudes são sinônimos de inteligência e ética. Nós sabemos se comportar em qualquer situação, não somos desequilibrados, somos uma autêntica torcida de futebol e é por isso que a cada dia que passa, a família rubro-negra vai crescendo, independente de tudo, se conquistamos algo ou deixamos de conquistar. Ser atleticano é bem mais do que isso, a nossa grande conquista é torcer pelo Atlético, o restante vem por acaso.

As coisas de coxa vão acontecendo, irão acontecer e nós vamos cansar de rir. É fantástico, bom demais. Um reinado sem Rei e sem o Bobo da Corte, não tem graça. Obrigado coxarada por vocês existirem, a Corte agradece e o Rei também.



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