Resultado justo
Na partida de ontem contra a Portuguesa, após sair perdendo logo no primeiro minuto de jogo, o time foi pra cima do adversário, teve maior posse de bola durante os 89 minutos restantes (inclusive quando estava com um jogador a menos), mas não conseguiu criar ao menos uma oportunidade de clara de gol que me convencesse de que o Atlético deveria ter saído de São Paulo com um resultado melhor. Diferente do que a maioria dos colegas e jornalistas vem afirmando, não considero o resultado de ontem injusto.
É irritante a falta de objetividade da equipe atleticana. No primeiro tempo as chances se resumiram a dois chutes de fora da área do Ney (de perna esquerda) e a melhor oportunidade com Marcelo Ramos que, num lance casual, chutou bizonhamente a bola pra fora depois da trapalhada do goleiro que perdeu a bola na lateral da grande área e deixou o gol aberto. No segundo tempo, sinceramente, não consigo lembrar de algum lance para os melhores momentos. Na maioria das jogadas o time se resumiu a tocar a bola para o lado e fazer chuveirinho na área. Ta certo que a Portuguesa armou uma retranca após o gol, dificultando ainda mais a armação das jogadas, mas a dificuldade em construir jogadas contundentes é antiga. Já trocamos de treinador, mas o problema na criação persiste. Com a chegada do Roberto Fernandes já foi possível observar pelo menos uma mudança na postura do time.
Confio no trabalho do treinador que mostrou muita competência dirigindo o Náutico no ano passado. Mesmo com um time limitadíssimo conseguiu resultados expressivos no segundo turno do campeonato adotando uma postura bastante ofensiva e ao mesmo consistente na defesa.
Reparem na escalação do sistema ofensivo do Náutico na partida em que eles derrotaram o CAP por 5X0 (fora o baile) no recife:
* Geraldo (Veteraníssimo: até a chegada do treinador estava desacreditado no clube. Uma espécie de Irênio.).
* Acosta (Era o craque do Náutico. Tão bom, que atualmente amarga a reserva num time da segunda divisão nacional).
* Felipe (Lembro dele há muito tempo atrás quando jogava no Passo Fundo-RS. Nem Grêmio nem Inter quiseram contratá-lo quando era artilheiro do Gauchão).
* Marcelinho (?. Sem comentários).
Sem querer desmerecer o Náutico, que é uma equipe muito simpática por sinal, mas se o R. Fernandes conseguiu fazer este time passar por cima dos adversários no ano passado espero que ele possa fazer alguma coisa com o Furacão deste ano. O nosso elenco não fica devendo ao elenco que ele tinha lá.
Deposito todas as esperanças no treinador, pois se ficarmos na dependência da qualidade individual limitada dos nossos jogadores, iremos, mais uma vez, passar mais um ano como meros figurantes no Campeonato Brasileiro.