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25 ago 2008 - 0h47

O féretro

É…mas não tem outro jeito, há de se falar mais do mesmo.

Geminiano, não gosto muito de falar sobre meu passado. Careço permanentemente de novidades, também ao menos de novas versões, arranjos repaginados se para uma mesma música. Isto porque odeio prolixismo, re-makes e semelhanças tais.

A mente humana é tão fértil, que nos tempos de hoje não se pode mais admitir o conservadorismo, a passividade ou a inércia, principalmente quando se está rodeado por recursos. E recursos que são empregados na sua própria contra-mão, em outro sentido distinto de seu originalmente determinado, virando bandeira para justificações dos fracassos. Mas…e até quando, ‘baby-faces’?

Ela me dá um beijo na testa e quer que eu tenha um dia normal, isto é: já se vão 20 rodadas e nada mudou. Algumas peças, mas o sistema continua o mesmo. E por quê?

Por que a filosofia continua a mesma. Os três técnicos que vieram para cá este ano, são retranqueiros. São os estudiosos dos adversários, os que jogam conforme a música do outro. ‘Jogar’ no contra-ataque, aproveitando a velocidade do Atlético. Velocidade?

Esquemão dos três zagueiros mais dois ‘alas’, para dar segurança lá atrás e apoio lá na frente. Zaga que na verdade é uma peneira, entra bola de tudo quanto é jeito, só não fazem mais gols em nós porque são igualmente incompetentes (mas a seu modo, não ao nosso).

Um time que briga para não cair, insiste na justificativa de jogar com sete no seu campo. Porque não existem alas, porque sempre toma gol. Se não tomasse gol ou se não precisasse fazê-los, tudo bem. Mas não é esse o caso.
Os 3, seja quem for, batem cabeça como num terreiro em noite de Cosme & Damião. Quando (e raramente) um lateral desce, ninguém o acompanha, então é na base do kamikase, do individualismo, do carrinho bate-bate, do seja o que Deus quiser.

Volantes que não tem a mínima capacidade de articular qualquer jogada. Estão ali para compor o muro de Berlim, que já caiu faz tempo no espaço.
Atacantes que me fazem sentir dó de assisti-los. Time que me faz questionar sobre minha vida, se devo dar mais atenção a ela do que a ‘estes’ que aí estão.

Ferreira, o coitado, simplesmente não tem com quem jogar. A pena que eu sinto dele é de outra natureza, diferente dos ‘atacantes’.

Mas isto é que revolta: não há nada de novo. Desde 2005 é assim: estamos no quarto ano consecutivo que o Atlético não entra em campo para competir. Limita-se a discursar do lado de fora. A mostrar o CT, a Arena, o passado como era antes. Presente? O presente que se fôda!

Aí a filosofia impera e trazem um técnico igual. Comum. Não trouxeram um que precisamos. Mas um que é da filosofia deles, que eles precisam, ou seja, um que é contra o CAP, outrora notabilizado por sua velocidade, ofensividade, pratas-da-casa. É o cúmulo do paradoxo.

E MSP aparece, ganha do primeiro time mais fraco do campeonato, inventando moda retirando o ‘ala’, jogando sem lateral de ofício. Pergunto-me onde estão os juniores nesta hora. Será que em Dallas, Bonn, na Cochinchina ou em Pequim.

Ele vem e fala depois do Ipatinga figthing que não há necessidade de reforços. Depois recua o time contra os bambis e toma na cara de virada. Depois dos galinhos diz que não virão reforços porque não há dinheiro: começa a se perder pela própria boca, ou seja, a filosofia falaciana do discurso justificável para fiéis ignorantes dormirem.

Ah, mas o Ney Franco não perdeu nenhuma no Brasileirão. Mas tomou no Paranaense e na Copa do Brasil porque recuou o time. Se hoje ele é vice-colocado, é porque aprendeu aqui como não se faz, isto é, reconheceu o seu erro, e hoje joga pra frente lá no Botafogo. Ele mudou, nós não.

É uma questão de filosofia mesmo: postura, posicionamento, colocação em campo. O Atlético não pega um rebote, não cruza uma bola certa na área, não faz lançamento, não bate escanteio direito, não chuta em gol.

Isto, ocorre há 20 rodadas. É muito luxo achar que ainda vai dar pra escapar, se a filosofia não vai mudar.
Aqueles que ainda acham que não vamos cair deste jeito, estão simplesmente mentindo para si mesmos, tendo vergonha de reconhecer a realidade que nos aflige. Acreditar nesta diretoria, é mecanismo de fuga que Froid explica muito bem.

Realidade que é fruto podre dos desmandos teimosistas de MCP, ao perpetuar Bob por 17 rodadas, e agora por trazer um amigo de mesma casta ‘pensadora’; resumi-mo-nos há meses em assistir a vergonha deslavada de um bando de quebradores de bola, que não honram a camisa que vestem, pois não é preciso, já que somos ‘incaíveis’, portanto não há que se preocupar com 2ª divisão. O plantel é bom, o grupo é unido e deu. Fu deu.

Então, segundo eles, ficaremos sem lateral-direito. Sem reserva para Márcio Azevedo. Com estes volantes meia-boca. Sem meias de ligação. Sem atacantes. Só com Goleiro e Ferreira. Isto se não os venderem agora. Até o fim. E como será depois do fim? Sei lá, porque não precisa se preocupar com isso.

-‘Que segundona o que meu! Seja otimista, ô derrotado! Não vê que tá tudo melhorando? Não via o que éramos ontem? E isso e aquilo…’ – cospe um dos baby-faces.

Time em coma, na UTI. O Brazil quer nossa eutanásia. A diretoria prefere a morte natural.

Por mais Atleticano que eu seja, despeço-me aqui desta brilhante coluna, porque sou geminiano e não suporto repetições. Falar do Atlético hoje e há 20 rodadas atrás é a mesma coisa. É o pior time que eu ja vi em toda a minha vida.

Pior porque não é um time. Pior porque seu maior adversário é ele mesmo. De todos os 22 jogos até agora, só jogou bem contra nós o Goiás (pasmem), o São Paulo e o Vasco no segundo tempo. Todos os outros times estavam pior ou igual ao nosso, mesmo assim perdemos.

Partidas fora de casa: dois gols, uma vitória, nenhum empate, o resto só derrotas. A estatística definitivamente não entra no reino de MCP.

Um abraço a todos. Fui embora, porque não sou idiota de acompanhar esta verdadeira estupidez de conduta petragliana, sujeito que não admite desconhecer porra alguma de FUTEBOL.

MCP é ectópico: está no lugar errado. Quis abraçar o mundo tentando cuidar de futebol, que é o seu fraco. Trouxe jogadores sem exames físicos, TODOS no DM. Isto é incompetência. Humildade lhe faz mal. Trouxe um técnico que perdendo de 3×0 substitui a primeira somente aos 20 do 2º tempo. As outras duas no final do jogo.

Isto é palhaçada. Isto é para espantar pessoas do bem. Isto é querer fazer de idiotas aqueles que aderiram aos pacotes e pay-per-views. Isto é a ponte para a segunda divisão.

Goleada bambinesca na 4ª feira. Palmeiras ganhará de 1×0 aqui. Mas dirão que jogamos super bem e foi falta de sorte. Estamos no caminho. Na ponte, melhor dizendo.

‘Falta de sorte’ é um argumento que não existe, pois ‘sorte’ não passa de
uma desculpa para encobrir a falta de capacidade, coisa de discurseiro, trovador, contador de estórias, mentiroso, enganador.

Urge que surja uma oposição no Atlético. Uma nova revolução, tal qual aquela dos 5×1 dos coxas. O paradigma agora é outro. E ele tem de ser quebrado, pois é o 4º ano de vergonhas.

Atleticanos, uni-vos, antes que tenhamos que pedir informações no começo da rua, ao lado do rio, embaixo da ponte, sobre os horários dos ônibus pras cidades do interior, rumo aos campinhos de areia.

Me xinguem, mas desse jeito não dá outra: vai cair. Imaginem a felicidade do pessoal do esgotão. A felicidade da Globo e da Transamérica. Dos bambis e dos veados campeiros. Dos pó-de arroz.
Imagine a felicidade de MCP fora do CAP, tocando sua empresa, como se nada tivesse acontecido. E a felicidade de MSP comandando o Figueirense na 1ª ou comentando na Band.

-‘Por favor: façam alguma coisa! Há 4 caixões ali na frente. O último pode ser o nosso.’

Nos encontramos ano que vem. Eu falei. Não repetirei jamais. Thau. Não sou cria de Gionédis nem filhote de Miranda. Me recuso à segundona. Se alguém aí (baby-faces) concorda com o momento, continue apoiando. Mas não se esqueça que você terá parte na culpa.

Se for para ser, que seja a ‘ortotanásia’. Você, otimista petragliano (baby-faces), faça o favor de ir buscar o que significa isto no dicionário. Aproveita e verifica também o que é ‘consciência’. Fui. E não volto. Não sou prolixo. Nem pró-lixo.



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