André Pessôa

Luta, disposição e garra não faltaram para o Atlético no jogo deste domingo diante do Palmeiras. Mas como só vontade não ganha jogo, a superioridade técnica palmeirense saiu vencedora da Arena, 2×1 com dois gols de Diego Souza. Alan Bahia, de pênalti, descontou para o Rubro-negro. Foi a terceira derrota consecutiva do Atlético no Brasileirão, que por pouco não acabou a rodada na Zona do Rebaixamento.

Começo empolgante

Parecia que a tarde de domingo seria de alegrias para a torcida atleticana pois em apenas cinco minutos de jogo, o Atlético já havia finalizado quatro vezes no gol de Marcos. Mas se faltava qualidade na hora da conclusão para o Rubro-negro, para o Palmeiras não foi difícil chegar ao gol. Logo na primeira boa chance de ataque dos paulistas, Diego Souza completou de cabeça o cruzamento de Sandro Silva para fazer 1×0, aos 24 minutos.

Mesmo com o gol sofrido a equipe comandada pelo técnico Mário Sérgio não se abateu e continuou no ataque. Aos 29, após cruzamento de Márcio Azevedo, Danilo cabeceou para o meio da área e Antônio Carlos, também de cabeça, acertou a trave na melhor chance atleticana na primeira etapa. Por pouco o Palmeiras não ampliou três minutos depois, quando Alex Mineiro desperdiçou bom contra-ataque ao chutar fraco nas mãos de Galatto. O Atlético ainda teve mais uma chance antes do intervalo com o paraguaio Júlio dos Santos, que após boa jogada chutou por cima do gol palmeirense.

Segundo tempo movimentado mas com derrota

O treinador Mário Sérgio voltou do intervalo com uma mudança na equipe, sacando Márcio Azevedo e promovendo a entrada do meia Fernando. Com isso, Chico foi deslocado para a ala-esquerda do time. E com a alteração o Rubro-negro ganhou um pouco mais de qualidade no meio-de-campo e conseguiu articular mais jogadas ofensivas. Foi dos pés de Fernando que, aos 11 minutos, surgiu o pênalti que empataria o jogo para o Atlético. Ele fez boa jogada pela esquerda e tentou o cruzamento, Jumar interceptou a bola com a mão e o juiz Sandro Meira Ricci marcou a penalidade máxima. Com direito a paradinha, Alan Bahia cobrou e colocou números iguais no placar, 1×1.

Pouco antes da cobrança, Mário Sérgio colocou o jovem Renan no lugar de Antônio Carlos enquanto Léo Lima e o ex-atleticano Evandro, entraram no Palmeiras, substituindo Élder Granja e Jumar. Depois do empate, o que se viu em campo foi um jogo aberto, com chances de gols para os dois lados. Em pouco mais de cinco minutos, três ótimas chances de gols aconteceram. Aos 21 minutos, Danilo desviou com perigo escanteio de Fernando; aos 23, Kléber quis ser solidário com seu colega palmeirense e perdeu grande chance de desempatar a partida; já aos 25 minutos Pedro Oldoni teve boa chance ao chutar forte à direita do gol de Marcos.

Mas foi aí que a superioridade técnica palmeirense ganhou o jogo. Aos 27, Diego Souza recebeu passe na intermediária, fez linda jogada passando por dois marcadores atleticanos e tocou com categoria no canto esquerdo de Galatto para recolocar os paulistas na frente do placar. Depois do gol, Mário Sérgio tentou uma última cartada ao colocar Anderson Aquino no lugar de Júlio dos Santos mas não adiantou, as melhores chances ainda foram palmeirenses. Graças à Galatto o time comandado por Wanderley Luxemburgo não ampliou com Alex Mineiro aos 32, e com Léo Lima, de falta, quatro minutos depois.

Sob vaias e gritos de ô, ô, ô, a paciência acabou!, o Atlético saiu de campo derrotado pela terceira vez consecutiva, a 12ª derrota da equipe no Brasileiro. À beira do rebaixamento, o Atlético viaja para enfrentar o Goiás, na quarta-feira, enquanto o Palmeiras recebe o Sport, um dia depois.

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