Mercenário – assim seja
O futebol brasileiro passou por transição em relação aos direitos dos jogadores, principalmente no que tange a vinculação ao clube. Hoje, temos uma figura chamada empresário, que objetiva obter o maior lucro com o seu investimento….e dane-se o clube de futebol.
Assim, não esperemos ver raça e relação de paixão pela camisa e pela torcida.
O contrato do jogador é uma relação de emprego protegido pela CLT, a dispensa de jogadores pode ser muito onerosa ao clube de futebol e um grande nogócio para o jogador e seu empresário.
Não é incomum a nossa experiência e ver jogadores cumprindo tabela pelos clubes esperando a oportunidade de jogarem por um contrato melhor, e dane-se para quem, o importa é o dinheiro. Veja o caso emblemático de Robinho.
Do mesmo modo podemos ver que muitos jogadores que foram dispensados do nosso Atlético Paranaense acabam despontando em outros clubes de futebol e no caso do Futebol paranaense este expemplo não vinga apenas no Atlético, mas em outros clubes da Capital.
Deste modo a única solução e a contratação de jogadores fixando salários em uma base fixa e outra faixa salarial em base móvel, com premiação pela efetiva participação em partidas realizadas, bichos pela vitória ou empate, prêmios por gols e por aí vai.
Vejam, a maior parte dos jogadores disponíveis são os que não vingaram no futebol fora do Brasil, o oriundos de categoria de base já buscam contratos de alto valor com base na orientação de seus empresários.
Não foi longe a experiência de jogadores ‘contundidos’ que ficaram afastados do campo por meses, deixando o Clube a Torcida com nariz de palhaços, basta buscar pela memória e vamos lembrar de jogador que chegou a ficar seis meses sem jogar alegando contusão e após ser vendido passou a integrar o grupo do novo clube e jogar normalmente. Conveniente, não?
Ora…tenho saudades do falecido Soter, Sicupira e tantos outros que deram o suor e se necessário o sangue pelas cores de meu Clube, o que temos presenciado são atletas que pouco se importam se o Clube ganhou ou perdeu, estão exclusivamente interessados em seu contrato.
Esse caso não repercute apenas no Clube de futebol, mas também em nossa seleção Nacional. Todos nós, os apaixonados pelo futebol nacional, estamos sendo derrotados pelo empresário e seu investimento (o jogador).
Chega de responsabilizar as diretorias os treinadores, que erram sim, mas não entram em campo.
Se o negócio é dinheiro, então assim seja, se perde pela atitude ou falta de qualidade individual, todo o grupo perde e adivinhem aonde a corda vai arrebentar.
O Clube não pode ficar no vermelho para atender a vontade desses caras, a parcela de participação nas arrecadações devem ficar limitadas, senão os times de futebol do Brasil irão a falência com jogadores e empresário adquirido os Clubes que os projetaram com o dinheiro que ‘ganharam’ desses mesmos clubes.
CHEGA!