União, solidariedade e despreendimento
O nome do texto é enorme, mas os objetivos são práticos, e tenho que começar com a história de um craque.
Seu apelido ‘ mosquito’, sua posição nos anos 50, ponta direita, seu time, o do Colégio Interno, treinado por um Padre alemão.
Mosquito, era rápido, tinha bom controle de bola, tinha um passe perfeito, ele não cruzava na área dava um passe ‘mamão com açucar’, para os atacantes liquidarem a fatura, nem que fosse de canela. Era um garçon por excelência, vibrava quando atingia o objetivo.
Os atacantes ficaram famosos e foram jogar em times profissionais,e o técnico/padre dizia: Levaram os caras errados, o bom é o ‘ mosquito’.
Humilde, treinava todos os dias, faziam cerca de cem cruzamentos, batia escanteios, chutava em gol com o lado externo do pé quando entrava em diagonal na área (trivela), era infalível. E olha que a bola era de capotão e as chuteiras de couro duro, biqueira e travas de aço. Jogava ainda com uma bota de esparadrapo e faixa.
O destino no entanto, não permitiu que ‘mosquito’ continuasse, uma torção no joelho, uma operação de meniscos mal sucedida o impediram de continuar a jogar. Mas ele, ainda que manco com dezoito anos de idade, passou a ajudar os mais novos a treinarem fundamentos e a jogarem com alegria.
Bem minha gente! O que quero dizer é que falta no Atlético atualmente é humildade, treinamento de fundamentos, alegria de jogar e sobretudo um bom garçon que saiba servir aos nossos péssimos atacantes, para que eles acertem o gol nem que seja de canela.
Tá difícil a Sul Americana, mas não podems cair e faço um apelo ao Geninho:
Use a garotada, eles tem amor à camisa, estão em boa condições físicas e sobretudo tem raça para mostrar. Porque não o Chico, o Renan, Alecsandro e Luiz Tiago Calixto, só assim teremos uma chance, porque não adiante insistir com os mercenários contratados ultimamente.