Eu, tu e tantos outros, nós não jogamos a toalha. Nós não desistimos nem lamentamos as perdas, nem erramos pelos cantos, em silêncio e com os olhos encharcados de lágrimas. Eu, tu e tantos outros, nós lutamos e lutaremos até o fim. Nós daremos o nosso sangue e o nosso suor pela causa que nos une: o Clube Atlético Paranaense.

Acontece, porém, que eu, tu e tantos outros, nós não somos deuses. Falta-nos o poder de andar pelas águas revoltas dos mares, falta-nos a capacidade de controlar o tempo e o destino, falta-nos a certeza sobre o futuro que nos espera. Mesmo assim, eu, tu e tantos outros, nós faremos tudo e um pouco mais pela causa que nos une: o Clube Atlético Paranaense.

Mas existe outro problema. E o problema, que é meu, teu e de tantos outros, o problema são eles. Eles, que repetem vexames sem mostrar vergonha na cara; eles, que emporcalham a camisa que deveriam vestir por amor; eles, que cumprem funções burocráticas com ar de aborrecimento; eles, que se dizem jogadores de futebol… O problema são eles, ilusionistas arrogantes, mentirosos contumazes, comerciantes de rebotalhos; eles, que arrotam grandeza e colecionam fracassos; eles, os cartolas… O problema é ele, a voz do dono, que não tem vergonha de nada. O problema é ele, que se julga infalível, ditador consumido pelo ódio e pelo isolamento. O problema são eles, os ratos que abandonam o barco que afunda.

Eles cairão. Nós continuaremos a derramar nosso sangue e nosso suor pela causa que nos une: o Clube Atlético Paranaense.