Discordo do Ângelo.

Primeiro, porque tentar ver o rebaixamento como uma coisa boa é tapar o sol com a peneira. É tentar premiar a incompetência da gestão do FUTEBOL atleticano (nada contra a parte administrativa). Incompetência, sim!!! E não ‘um pouco de displicência’. Displicente foi o Rafael Moura quando cometeu aquele pênalti ridículo.

O rebaixamento é péssimo.

O Ângelo, pelo jeito, foi um dos caíram no conto da ‘grandeza do CAP’. Não podemos nos comparar ao Palmeiras, ao Corinthians e ao Grêmio, times que, juntos, arrebanham quase trinta por cento da torcida brasileira, dois Mundiais, três Libertadores, dez Brasileirões e oito Copas do Brasil.

Não somos grandes (ainda). Apenas crescemos muito. Crescimento ímpar, diga-se de passagem.

Temos menos títulos que o Sport e que o florminense. Bahia, Guarani, Botafogo e Atlético Mineiro também são campeões de um único Brasileirão. No Paraná, temos os mesmos títulos nacionais dos verdes e perdemos em número de Campeonatos Estaduais.

A torcida tem que acordar para o fato de que ganhamos um Brasileirão há sete anos. Depois, só um Campeonato Estadual.

E não me venham com os ‘vices’ de 2004/2005. Vice não pode ser comemorado como título.

De outra banda, se não somos grandes, não podemos exigir um time de craques, presentes apenas no Inter-RS (Nilmar e Guiñazu) e nos bambis (Ernani). Times do nosso tamanho devem contratar poucos jogadores experientes (macacos-velhos) e investir muito em categorias de base.

Temos de exigir, sim, uma adequação a esse mercado pós-Lei Pelé, do qual fazem parte os malditos empresários.

Afinal, qual o problema de querer partilhar o lucro das negociações com eles?

É melhor dividir o filé do comer pescoço sozinho.

No mais, se o time jogar estes últimos jogos com a vontade demonstrada contra o Inter, ainda dá!!!