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O Atlético perdeu excelentes chances de marcar mais gols contra o Figueirense na noite deste sábado, no Estádio Orlando Scarpelli. Logo nos primeiros minutos, o atacante Rafael Moura teve pelo menos duas oportunidades para abrir o marcador. Suas duas cabeçadas passaram raspando a trave do goleiro do Figueira.

Aos 23 minutos, Alan Bahia aproveitou cruzamento de Netinho e abriu o marcador para o Furacão. Depois disso, o Atlético teve ótimas chances para ampliar, mas parou na imprecisão da conclusão de seus atacantes.

Júlio César recebeu lançamento na cara do goleiro Wilson e tinha tudo para marcar, mas chutou colocado e a bola foi para fora. O lance foi tão incrível que o técnico Geninho desabafou no banco de reservas e reclamou da falta de concentração do jogador.

Minutos depois, foi a vez de Ferreira perder uma grande chance. Também cara a cara com Wilson, o meia tentou encobrir o goleiro e acabou mandando por cima do travessão. Antes, o mesmo Ferreira já havia tido outra boa oportunidade em um contra-ataque, mas acabou sendo travado no momento da conclusão.

Felizmente, o desperdício no primeiro tempo não prejudicou o Atlético no segundo. O time conseguiu segurar o Figueirense e ainda ampliou o marcador para 2 a 0.

"Quem jogou foi o Atlético. Podíamos ter matado o jogo no primeiro tempo. Podíamos ter feito 3 a 0. Mas o time soube jogar no segundo tempo e mereceu. A pegada, o coração, a maneira como esse pessoal está encarando é fundamental", comentou o técnico Geninho ao final da partida.

Cobrança

Durante a entrevista, o atacante Rafael Moura revelou que Geninho cobrou os jogadores no intervalo sobre a questão dos gols perdidos. "Ele falou que jogadores profissionais não poderiam finalizar como a gente finalizou. Mas no final ele nos pediu desculpas, porque é o jeito dele cobrar, que ele tem de falar isso senão ele tem um infarto ali no banco", disse Rafael.

Sina

Mas os gols perdidos no jogo contra o Figueirense não são novidade no Atlético neste Brasileiro.

Uma sina parece estar pairando sobre o setor ofensivo atleticano: a perda de gols incríveis. Diante do Cruzeiro, o colombiano Ferreira carregou a bola do meio de campo e, na hora de arrematar de frente com o goleiro, preferiu passá-la ao atacante Pedro Oldoni, que acabou desarmado pela zaga.

Contra o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro, novamente Pedro Oldoni disperdiçou oportunidades "imperdíveis", ao cabecear para fora um bola praticamente em baixo das traves e depois, num rápido contra-ataque, cara a cara com o goleiro adversário.

Diante do Sport, o setor ofensivo não se houve bem, apesar da vitória, não existindo muitas chances de arremate. Porém, em Florianópolis, o Atléticou irritou seu torcedor. Após tomar o primeiro gol, o Figueirense partiu desordenadamente para o ataque durante o primeiro tempo, deixando o jogo aberto para os contra-ataques rubro-negros. O primeiro a decepcionar foi o atacante Júlio César, que perdeu um gol em que somente ele o goleiro estavam no lance. Depois, foi a vez do meia Ferreira errar bisonhamente um lance em que o goleiro adversário já estava batido.

Colaboração: Maurício do Vale