Tréplica relativa ao texto “Colunistas marcando gol contra”
Caro Sebastião:
Perdoe-me discordar, mas a palavra tem muita força sim, tanto para o mal como para o bem. Um colunista, assim como um jornalista, um dirigente ou um jogador renomado, não são como o cidadão ‘anônimo’. Podem mudar o rumo das coisas pois em geral são representantes de uma grande gama de indivíduos.
O torcedor tem o direito de dizer o que lhe der na cabeça quando está torcendo, e mesmo assim, se exagerar, arruma briga com quem está por perto. A figura pública do colunista deve usar desse direito com muito mais prudência.
Lembra-se do comentarista Marcio Guedes? Uma vez chamou o Atlético de ‘time ridículo’. E o que fez a Globo? Usou a democracia como desculpa para mantê-lo no Cargo? Não, foi demitido.
O Renato Gaúcho perdeu o emprego por ter dito com arrogância que iriam apenas brincar no Brasileirão, menosprezando os demais clubes e torcidas.
Em 2004, teve jogador famoso dizendo que daríamos a volta ólímpica em São Januário. Esta arrogância bastou para encher o vasco de brios e usaram todas as forças contra nós. Forças lícitas (a polícia que segurou a torcida na estrada) ou ilícitas (aquecimento no estacionamento). E deu no que deu.
Insisto que deve haver algum tipo de critério, uma espécie de veto, quando a matéria em questão é potencialmente explosiva.
‘Liberdade e democracia não significam apenas ter alguém o direito de dizer o que pensa. É também esse alguém ser responsável pelo que diz’