A Geninho o que é de Geninho
Bom técnico de futebol, inteligente, diplomático e expert em lidar com a ‘boleirada’, isso tudo, sem dúvidas, o Geninho é.
Vai ele, todavia, com todos esses atributos positivos, conseguir, aliando-os ao seu trabalho, fazer com que o nosso Atlético, finalmente, permaneça na primeira divisão? Penso que tudo está a indicar que sim.
O que não podemos deixar de ter presente, entretanto, é que o Geninho, em que pese toda essa sua identificação com o nosso rubro-negro, é um profissional como outro qualquer; a prova maior disso são as suas próprias recentes declarações dando conta da possibilidade de vir, num futuro bastante próximo, a dirigir tecnicamente o Goiás, caso determinado cidadão, que é seu amigo, logre vencer a vindoura eleição para presidente que por lá será realizada.
Vamos, pois, com todo o respeito e consideração que devotamos ao Geninho, ser, como ele próprio está sendo, antes de mais nada, racionais.
Vibrar pela nossa permanência no patamar de elite do futebol brasileiro, iremos sim; enaltecer as qualidades profissionais do Geninho, com certeza; agora, acreditar que o Geninho, depois que isso acontecer, vai permanecer aqui, recebendo exatamente o mesmo salário que agora lhe está sendo pago, ah…isso, de jeito nenhum.
O Geninho é um profissional; ele não pode e nem deve se envolver emocionalmente com Clube nenhum; ele não é como nós torcedores, incondicionalmente apaixonados pelo Atlético.
Portanto, vamos devagar com esse andor.
Na mesma proporção do profissionalismo do Geninho -que respeitamos e achamos absolutamente normal-, sejamos conscientes e racionais para pensar prioritariamente nos interesses do nosso Atlético, até porque, ainda que o Geninho fique por aqui ao depois, dia chegará em que ele irá embora, ao contrário do Furacão, que aqui permanecerá para sempre.
Como Alguém inigualável disse há mais de dois mil anos, ‘dai a César o que é de César’, ou seja, somente o que é de César.