Ocean’s Eleven
Dentro do imprevisível mundo do futebol, das suas peculiaridades muitas vezes sem explicação, acontece um fenômeno de tempos em tempos: formam-se times que cabem bem na foto, literalmente.
Os ‘Onze de Floripa’ mostram muito bem isso.
O ‘apanhado’ de Geninho para aquela partida, formado por Galatto, Antonio Carlos, Rodolfo, Chico, Zé Antonio, Netinho, Alan Bahia, Valência, Ferreira, Júlio César e Rafael Moura, vingou.
Acompanho o Furacão desde quando usava fralda. Atletiba era coisa sagrada na família. Lá estávamos nós sempre quando CAP e CFC se esbarravam.
Desde as minhas primeiras lembranças do Atlético, não me recordo de uma fase tão tumultuada, tão complicada quanto esta que o CAP ainda vive.
Geninho é um herói.
Amparado pelo trabalho do incrível Moraci Santana, feito mágica, tirou um otimismo, um positivismo sei lá de onde, que contagiou o elenco e a torcida.
Desde o jogo de Floripa, tudo mudou. O próprio Geninho afirmou: ‘O Atlético era um grupo, agora é um time’. Esses são os ‘caras’, com suas virtudes e defeitos, são os protagonistas de uma bonita virada, que se não é perfeita, foi, é e será inesquecível, sob todos os aspectos.
Jogo amanhã no Engenhão, contra o Bota. Não enxergo outro resultado para os ‘Onze de Floripa’ que não seja a vitória. Momento por momento, time por time, somos bem mais bonitos, saímos muito melhor na foto do que os onze de Ney Franco.
Malas brancas, incentivos, toda e qualquer artimanha que por ventura aflore nestas fases finais, estarão alheias ao que vai acontecer em campo amanhã.
Na certeza da vitória e do tão esperado suspiro de alívio, acrescento o meu positivismo ao da grande massa rubro-negra que estará, já neste domingo, repousando na tranquilidade da primeira divisão para 2009.
Força Atlético, 3 x 0. Sem dó nem piedade…