22 nov 2008 - 21h13

Geninho diz que "euforia externa" atrapalhou o Atlético

O técnico Geninho acredita que o clima de euforia criado após as duas últimas vitórias acabou prejudicando o Atlético na partida deste sábado contra o Botafogo. O Rubro-Negro jogou mal, mas pelo menos teve forças para buscar um empate por 2 a 2, depois de estar atrás no marcador duas vezes.

Geninho disse que o lado psicológico foi afetado em função da boa fase do Atlético e do mau momento vivido pelo Botafogo, com atraso de salários. O técnico tomou o cuidado de dizer que a imprensa e os torcedores estão no seu papel de projetar vitórias, mas disse que os jogadores não podem se envolver nessa expectativa.

"O emocional tem um peso muito grande, especialmente porque estamos a dois jogos da final. Se falou muito em cima do jogo do Botafogo. Eu estava com medo porque criou-se um oba-oba muito grande, estavam falando que o Atletico venceria o jogo quando quisesse. Por mais que se tentasse isolar o grupo disso, a imprensa, o torcedor e até uma parte da diretoria bateram muito nessa tecla. O grupo tem de se blindar disso", comentou o técnico, lembrando que o time entrou desligado em campo. "Na hora que você acordou, o Botafogo estava com o resultado e aí você passa a jogar com outra situação, que é se ver perdendo e em uma situação muito complicada na tabela", observou.

Queda de rendimento

Geninho admitiu que a equipe jogou pior do que vinha jogando nas últimas rodadas. "Todos os jogadores têm a consciência de que poderiam fazer um jogo melhor. Já demonstramos isso na nossa seqüência de seis jogos. Cada um poderia ter feito um jogo melhor e o grupo também. Dois ou três estiveram dentro do normal, o resto esteve abaixo. Vamos analisar o que aconteceu, se foi a expectativa de decidir tudo hoje…", analisou o treinador. "Tem de ficar a lição de que esse tipo de jogo que fizemos hoje não pode mais acontecer", decretou Geninho.

Ele lembrou que tudo o que o time fez nas últimas partidas pode ser desperdiçado caso não haja a manutenção do compromisso nas próximas duas semanas. "Não adianta uma boa campanha anterior se você não mantiver essa campanha. A dedicação, o sacrifício, tudo isso a gente tem de manter. Um mau dia faz parte, mas a gente tem de evitar que um mau dia aconteça numa reta decisiva", comentou.

Meta: 44 pontos

Geninho continua acreditando que a meta do Furacão é atingir 44 pontos para escapar do rebaixamento. "Interessante é fazer 44 pontos o mais rápido possível. Se eu puder vencer lá nos Aflitos, seria o ideal. Tudo se avizinha que o último jogo vai ser muito difícil. Não seria muito bom precisar fazer o resultado contra o Flamengo. O projeto é tentar fazer os 44 o mais rápido possivel", disse.

Questionado se a meta não poderia ser reduzida caso os adversários diretos tropeçassem, Geninho foi cauteloso e preferiu insistir nos 44 pontos. "Eu acho que nos tivemos o empate da Portuguesa, ficou um pouco atrás, se os resultados amanhã nos ajudarem pode até mudar, mas os 44 serão o número mágico: quem fizer 44 sai", garantiu.



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