Ainda no final do ano passado a Gazeta do Povo divulgou uma pesquisa sobre a preferência dos paranaenses ao escolher um time para torcer e com tristeza li que a maioria prefere o Corinthians aos times paranaenses.

Talvez aproveitando o embalo do sucesso do time paulista por essas bandas, Joel Malucelli, dono do J. Malucelli, que outrora já foi Malutrom, anuncia uma parceria que fará com que o Jota passe a se chamar Corinthians Paranaense. Curiosamente, Joel é o presidente da Futpar, entidade que deveria ter por fim defender o futebol paranaense e consolidá-lo no estado.

Como se não bastasse, o Toledo, que também já mudou de nome por diversas vezes, firma uma parceria com o São Paulo, ficando a cargo do time paulista o fornecimento de jogadores para o Toledo. O argumento usado pelos paulistas para que isso acontecesse foi uma briga com a sua federação. Será isso mesmo? Ou perceberam que essa era uma maneira fácil de aumentar a torcida deles por aqui?

Na onda da invasão paulista, há pouco leio no blog De Primeira (http://www.interney.net/blogs/deprimeira/2009/01/21/provincia_chora_pelo_fim_do_paulistao_na) que torcedores de times paulistas residentes no Paraná estão inconformados pela decisão da TV Paranaense de fazer o óbvio e correto: mostrar o Campeonato Paranaense para os paranaenses.

Não entendo essa revolta tardia dos torcedores de times paulistas, já que este não é o primeiro ano em que a RPC investe na transmissão do campeonato local para o estado. Espero, porém, que Gil Rocha continue firme e forte na sua posição de valorizar o nosso futebol. O trabalho é difícil e de longo prazo, mas é necessário que se faça o nosso interior torcer pelos nossos times. Felizmente, neste ano, o Atlético entrou em acordo com a RPC quanto à transmissão dos jogos do Furacão, colaborando para consolidar esse trabalho de formiguinha que é fazer o futebol Paranaense mais forte.

Enquanto por um lado o presidente da Futpar transforma o seu clube em mais um paulista no estado, a dupla Atletiba parece disposta a conquistar o espaço que lhe é de direito. Esta semana aconteceu a primeira reunião a fim de aproximar as diretorias dos dois clubes, para que haja união quando forem lutar por interesses comuns à dupla. Seria interessante contar com essa mesma vontade nos clubes do interior, fazendo com que Londrina, Maringá, Cascavel, entre outros, voltassem a ter a representatividade de outros tempos. Só assim seremos grandes como almejamos fora (e dada a situação acima, até mesmo dentro) dos nossos territórios.