Perdemos mais uma
É incrível como, quando estamos quase nos projetando como uma potência no cenário nacional do futebol de verdade, alguma decisão ‘cabalística’ da diretoria põe tudo a perder. Moro no Rio de Janeiro e mantenho 2 cadeiras da MMSUP (minha e de minha esposa) e sempre tive o orgulho de mostrar isso aos cariocas, que valorizam a nossa organização (não tanto o nosso futebol).
O que será que eu digo à eles? Antes o CAP queria ter um número elevado de sócios e construir a Arena, além de investir no futebol, por isso abriu espaço para que os torcedores, longe de casa ou simpatizantes do clube, deem sua contribuição (pois não tinha sócios em número suficiente para isso). E, mesmo apresentando um futebol medíocre e apresentações pífias (incluindo a perda de um título estadual para o pior inimigo em casa), 1.500 torcedores, que mal vão aos estádios, passaram a contribuir mensalmente.
Agora, que o plano de sócios está estabelecido e já faltam cadeiras nos melhores lugares (ou em qualquer lugar), o clube entende que não precisa mais de nós, torcedores ‘ausentes’. Assim, numa prova de ‘inteligência em marketing’, como mestre nesta disciplina posso argumentar, além de desdenhar desta contribuição, ainda chama estes torcedores de fraudadores…como diria a célebre frase: ‘o que é que eu vou dizer lá em casa???’ Que aquele Furacão, visto por grande parte da torcida de outros clubes como arrogante e hipócrita é justamente definido por essas palavras?
Não posso acreditar, não quero acreditar. Assim como gostaria que o dinheiro dos sócios fosse investido em jogadores e nosso time pudesse almejar outro título nacional e, quiçá, um sul-americano, mas só vejo o descaso com a ideia de montar um time competitivo e com a pequena, mas fanática, torcida fora de Curitiba!
Espero, como todo rubro-negro que acredita no clube, que o Furacão procure desenvolver meios de contornar as fraudes e utilizar as cadeiras vagas nos jogos ao invés de eliminar uma categoria tão importantes de sócios. Afinal, 10% dos torcedores só deve ser pouco da cabeça de uma pessoa extremamente medíocre.