Dizem que é invenção. Outros acreditam que aconteceu mesmo. O fato é que as divergências do ‘supermando’ já aconteceram antes. Foi com Moisés, quando recebeu a tábua dos 10 mandamentos. Foi mais ou menos assim: lá pelos idos de 1250 a.C., Moisés desceu do Monte Sinai com a Tábua dos 10 mandamentos e começou a ler para o povo de Israel. Ao chegar no artigo 9, quer dizer, no 9º mandamento, ele leu:

– NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO.

Ouve um clamor de estranheza, porque a maioria não entendeu o que aquilo queria dizer. Era bem diferente dos demais artigos, quer dizer, mandamentos. Por exemplo:

1) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS: todos sabiam o significado.

Ou então:

5) NÃO MATAR. Não matar é não matar e ponto final.

A dúvida era o que realmente queria dizer NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO, pois todos conheciam Issac Próximo, filho de Aarão. Então o artigo, ou mandamento queria dizer “não desejar a mulher de Issac Próximo” ou “não desejar a mulher do seu semelhante”?

Era uma dúvida que incomodava a todos. Moisés disse que recebeu do ‘dedo de Deus’ estes mandamentos e não questionou nada. Ele conhecia Izabel, mulher de Issac Próximo. Ela era muito bonita e se destacava entre tantas outras mulheres que fugiram do Egito, talvez a mais bonita que estava entre eles. Mas não podia dizer com certeza se era a ela que Deus se referia.
Alguns homens, que, digamos, não gostavam muito da palavra ‘fidelidade’ , defenderam que era mesmo sobre a mulher de Issac que o mandamento se referia, e eles estavam dispostos a respeitá-la. Mas somente ela. Outros achavam que todas as mulheres comprometidas deveriam ser respeitadas.
Ouve uma grande discussão. Sábios foram chamados para tentar solucionar o problema, mas sem sucesso.

Moisés estava cansado. Disse ele: ‘Atravessar o Mar Vermelho foi mais fácil.’
Hoje sabemos que ficou o que está escrito. Alguns seguem como sendo o ‘próximo’ o seu semelhante e outros preferem achar que era mesmo do Issac que o mandamento falava. Somente do Issac.