12 abr 2009 - 19h30

Geninho: “Não fizemos um grande jogo”

O Atlético venceu mas não convenceu. A análise que hoje atormenta a cabeça de todos os torcedores atleticanos também faz parte do discurso do técnico Geninho. No entanto, mesmo não jogando um belo futebol, o treinador fez questão de destacar o futebol de resultado e que para o grupo chegar no objetivo principal, que é o título, o mas importante é vencer.

Na entrevista coletiva após a magra vitória por 1 a 0 sobre o Nacional, neste domingo, na Baixada, Geninho aproveitou também para pedir maior compreensão do torcedor. O técnico disse que muitos atletas se abatem com as críticas durante o jogo e que, por isso, o torcedor precisa manifestar a sua insatisfação com o rendimento da equipe de maneira mais inteligente.

Confira os principais momentos da entrevista coletiva do treinador:

Análise do jogo:
“Quando um time não tem trabalho de meio de campo as coisas ficam complicadas. Nós fizemos um gol cedo, tudo dava a crer que o time teria tranqüilidade, poderia administrar o jogo, o Nacional viria para cima e daria espaço para o contra-ataque. Isso não aconteceu. O Nacional veio para cima e o Atlético não teve como articular as bolas porque os homens do meio estavam abaixo do que estavam produzindo. A bola não chegava na frente porque o ataque também não segurava a bola. No segundo tempo o Julio (dos Santos) cresceu um pouquinho, o Júlio César deu uma movimentação maior na frente e tivemos três boas chances de gol.”

Erros da equipe:
“Temos que reconhecer que não fizemos um grande jogo. No primeiro tempo cometemos muitas faltas. A torcida começa a se impacientar, alguns jogadores sentem isso e acabam se enrolando e não rendendo. Mas o importante foi o espírito de luta da equipe, buscar o resultado. Viemos de um jogo altamente desgastante, que jogamos a maior parte do jogo em 10 contra 11, num calor altíssimo, uma viagem desgastante. Mas o time teve força de superação. Hoje conseguimos uma vitória mesmo não jogando tão bem, mesmo não jogando um futebol condizente com aquilo que este time pode jogar.”

Semana de treinamento:
“Nós não tínhamos uma semana cheia há muito tempo. Conversar com a cabeça mais tranqüila, analisando o jogo e pensar no próximo adversário.”

Impaciência do torcedor:
“Hoje nós tivemos a um minuto do segundo tempo a chance de matar o jogo. Depois tivemos o pênalti logo em seguida. Quando a tua torcida começa a torcer contra você é uma coisa complicada. Não tiro o direito de manifestação do torcedor, agora o torcedor tem que ser inteligente. Porque se essa manifestação feita de maneira errada pode prejudicar o time. Alguns jogadores convivem bem com a crítica mas outros se abatem.”

Vaias a Fransérgio:
“Desde o começo do ano todos pedem para lançar os jogadores da base e hoje vaiaram o Fransérgio. Todo mundo pede para colocar o Raul e vão vaiar o Raul também. O torcedor é passional, quer que coloque, mas daí vai lá e critica. Então essa meninada tem que ter chance porque têm qualidade, mas tem que ter o respaldo. Não adianta só o treinador dar o apoio. Ele (Fransérgio) é um grande jogador, mas sentiu as críticas hoje. O torcedor tem o direito a se manifestar, ele paga, tem direito. A maneira de reverter isso é jogando bem, fazendo o resultado.”

Favoritismo do Coritiba:
“Eu até acho melhor que o torcedor ache que o adversário está melhor, o favoritismo fica para o outro lado. O Coritiba ganhou ontem, mas se o campeonato acabasse hoje, quem seria o campeão?”

Jogadores pendurados
“Você tem que jogar cada jogo como se fosse uma decisão. Você não pode dar chance de administrar um jogo, você tem que ganhar o jogo. Se for para administrar levando cartão, tudo bem. Eu não peço para jogador meu tomar cuidado com cartão. Eu falo para eles não fazerem faltas desnecessárias, não levar cartão por revide, por reclamação ao árbitro. Esses lances a gente pede para eles tomarem cuidado. Eu procuro administrar jogo a jogo, não me tira o sono jogar contra o Paraná com um monte de jogador pendurado porque depois eu pego o Coritiba. Eu tenho é que primeiro vencer o Paraná.”

Convocação da torcida:
“Eu quero jogar na Arena sempre, em qualquer condição. O time tem uma história aqui dentro e quando vai bem traz a torcida junto. Mas se o time começa bem, em cima do adversário, se demonstra a vontade a torcida vem junto. São dois jogos difíceis, são jogos diferentes. Se você jogar com a maioria da sua torcida junto isso nos facilita muito.”

Pênalti desperdiçado:
“Bate quem treina e o Rafael é um dos que mais treina. Temos uns 3, 4 jogadores que poderiam bater. Ele é um jogador com personalidade, vai lá, pega a bola e pede para bater. Treina ele, treina Netinho, treina Zé Antonio, mas ele na hora do jogo que vai, pega a bola e pede para cobrar.”



Últimas Notícias