Se jogasse no céu, morreria pra poder te apoiar!
Terça-feira sem sal e sem graça. Na TV um jogão de bola: Deportivo Quito x Universitário de Sucre. Bola pra cá, bola pra lá, de repente uma faixa enorme chama a atenção: ‘Se jogasse no céu, morreria pra poder te apoiar!’. Obviamente essa é uma tradução livre (principalmente da gramática) pois os dizeres estavam em espanhol.
Pô, o espírito tem que ser esse mesmo. Apoiar incondicionalmente. Amar essas cores incondicionalmente. Jogadores, técnicos e diretores passam, o que fica é a torcida, a massa sem RG nem CPF que se perpetua ao longo dos anos. O que fica é o clube e suas tradições.
A fase é mais ou menos (como essa terça)? Sim, é. E daí? Vai deixar sua cadeira vazia na Arena? Vai arranjar mais uma desculpa para não ir ao estádio? Então vai assistir jogo de tênis…
TODOS os clubes da série A do brasileirão tropeçaram em clubes das séries C e D nesse ano. Eu disse TODOS. Os grandes paulistas cansaram de empatar e perder para times de menor expressão. O Vasco e o Botafogo perderam pro Americano, o Flamengo pro Resende, o Fluminense empatou com o rebaixado Macaé. O Cruzeiro empatou, com Mineirão lotado, com o América, o Galo perdeu pro Tupi. O Grêmio levou de 4 do Caxias e o Inter, completinho, perdeu pro União de Rondonópolis!
Claro que não deve ser usado como desculpa, nosso time têm problemas sérios, mas é hora de esconder os defeitos. Sim, esconder os defeitos, por um momento, para sermos campeões de volta. Não me venha com o papinho furado ‘é melhor perder, pra arrumar a casa e blá, blá, blá…’ Depois damos um jeito, compramos jogadores em cima da hora, o que for necessário. Mas agora o que importa é o título, ganhar a qualquer custo, apoiar, gritar, chorar, rir, beber, cair e levantar.
‘Se jogasse no céu, morreria pra poder te apoiar’ Torcida do Deportivo Quito e aplicável a massa Rubro-Negra.
‘Se jogasse no inferno, trocaria minha alma por um ingresso’ Frase de minha autoria e, creio, sentimento da grande maioria dos atleticanos.