Corinthians, Yoki, o falso moralismo e algo mais
– Perdemos.
Todos perdem.
– Perdemos para o nosso maior rival.
Clássicos são imponderáveis.
– Perdemos para o nosso maior rival em casa.
Ninguém é imbatível mesmo em seu estádio.
– Perdemos para o nosso maior rival em casa de goleada.
…
As justificativas e desculpas podem ir longe. Podemos incluir na sequência diversos motivos para diminuir o valor do título e arrumar culpados.
Tudo bem. Pra nós, nossa geração, o título perdeu, sim, a graça. Não é o mesmo.
Mas o que contará é para a história. Daqui a 10 anos, ninguém lembrar-se-á do 4×2 sofrido na Arena. Será um detalhe. Contará o título.
Mas, para nós, perde sim a ‘graça’.
Há muito o que arrumar nesse time. Com ele, a segunda divisão é certa. O grande teste para o Atlético não é nem o Atletiba. É o jogo contra o Corínthians. Em São Paulo. Aqui, na Arena não dá. É muita pressão, como diz nosso decepcionante Geninho. Em São Paulo, dois campeões estaduais jogarão. Dois times da primeira divisão nacional. O melhor atacante do mundo contra nós. A mídia contra nós. É lá que saberemos o tamanho do nosso time, ou do nosso problema.
Em tempo:
1) Yoki.
Porque nossos goleiros sempre falham em decisões? Principalmente em atletibas? Temos luvas de pipoqueiros ou pipoqueiros com luvas? Quem os treina?
2) Falso moralismo.
A capa da Tribuna nunca foi ‘jornalismo’. ‘Esprema e sai sangue’ é o lema.
Agora, se tivéssemos vencido o jogo por 4, ninguém reclamaria do Marcelinho Paraíba no lugar do Júlio Cesar com os mesmos dizeres. Então, vamos parar com esse falso moralismo.
3) Por bem menos a nossa torcida quebrou cadeiras e xingou Petráglia.
4) Por bem menos, Ney Franco foi demitido em 2008.
5) E o dia do Fenômeno, aqui, chegou.