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30 abr 2009 - 12h44

Mudanças, chatos e ladrões

1. Pouca gente se deu conta, mas o time do Atlético está evoluindo lentamente, como deve ser. A equipe que terminou o Brasileiro não é a mesma que apresentou o belo espetáculo da quarta-feira. Por acaso ou por necessidade, meninos ganharam espaço na escalação titular. E barbarizaram em campo. Reforços ainda são necessários. Não creio que sejamos candidatos ao rebaixamento, como propagam os saudosistas do antigo imperador. Vamos ver.

2. O grau de exigência de alguns torcedores está passando dos limites. Criticar a atuação diante do Corinthians é um exagero. Culpar o Geninho ou o Galatto, burrice extrema. O gosto amargo ficou em nossas bocas, é certo. Poderíamos ter garantido a classificação, não fossem os dois gols deles no final. Mas a vantagem ainda é nossa. Ou vamos alimentar a velha mania de inferioridade, achando que não temos condições de vencer ou empatar no Morumbi? Há muito tempo ninguém – nem mesmo os “grandes” de São Paulo – atropelava o preferido da mídia nacional. Nós fizemos isso, com plena justiça. Reclamar do quê? Espero que os chatos inveterados fiquem em casa no domingo, e doem os seus ingressos para quem deseja participar da festa do título que se anuncia.

3. Dentinho não poderia ter feito o segundo gol do Corinthians, simplesmente porque não deveria estar em campo quando isso aconteceu. Eis um dado objetivo, livre de interpretações. Depois de agredir Rafael Moura, no início do segundo tempo, teria que ser expulso. Mas Sua Excelência, o árbitro, não fez nada. Vieram o pênalti cavado, o lance estranho que resultou no gol de Cristian, as faltas invertidas, a cirurgia lenta e irritante. Enfrentamos onze jogadores e dois ladrões – um deles circulava pelo gramado; o outro, bandeira em punho, na lateral em frente ao setor da Getúlio Vargas.



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